Férias longe do continente, em outro "mundo", quase pensei tbm ser outra pessoa tbm. Ser mais eu. E fui. E foi mto bom.
Mas a gente tem q voltar pro mundo real, né... E no mundo real, os problemas continuam lá, e com tanta auto-confiança, as vzs podemos lidar com isso de forma menos irracional do q outrora. Bom, mas enfim, talvez seja o primeiro passo para as mudanças q 2009 talvez esteja preparando para nós. Acho q baixar a cabeça tem um limite, e qndo passa desse limite, temos de cortar o mal pela raiz, nem q seja para sacrificarmos a nós mesmo. Um sacrifício hoje, um pouco de paz amanhã.
O problema nem foi esse, pq o "tal purgante" já estávamos tomando havia tempos. Não desce mais. O problema foi q - falando de medicamentos - um dos meus estava em falta no posto na semana passada: a fluoxetina. Até aí tudo bem, só poucos dias mesmo sem medicamento, e continuando com o ácido valpróico, com o rivotril... Não ia me matar, né? Até q ontem, assim, sem mais nem menos, saí do banho, sentei na cama ainda envolvida pela toalha, e me pus a chorar. Chorar mto. Soluçar e quase gritar, se eu pudesse. Sorte das crianças eu tê-las mandado pro banho para não ter q assistir àquela cena deplorável. Não sabia o q fazer, até q alcancei o celular na mesinha de cabeceira e sem pensar mto, liguei pro Mr. G - eu precisava conversar com alguém, e na hora eu nem pensava mto, pq geralmente nesses casos não gosto de preocupá-lo enquanto está trabalhando até pq ele não tem mto o q fazer por mim mas... Sei lá, eu só precisava conversar com alguém!!
Tá bom, ele atendeu. Mas conversar sobre o q?? Eu não tinha motivos para chorar tão intensamente, nem de alegria nem de tristeza; não me sentia deprimida; tudo q eu via qndo olhava prá dentro de mim era nada! A razão prá eu chorar daquele jeito era NADA! Vai fazer Mr. G (ou qualquer pessoa normal) entender isso!...
Vi q a abstinência da fluoxetina estava realmente fazendo o efeito q eu renegara. Decidi sair com as crianças, fui no posto e peguei as benditas cápsulas verde-amarelas...
Minha noite foi um inferno. Aliás, vou ter q penas alguns dias prá voltar tudo ao normal... Não dormi, arranquei mto cabelo e pensei com certa obsessão no certo prazer q a dor as vzs é capaz de provocar... Lembrei de qndo eu ainda podia doar sangue, e aquela agulha finalmente encontrava minha veia, aquele arrepio gelado, a sensação de quase sair do corpo... Como qndo "tatuei" símbolos na minha pele com agulha comum, em casa. Vai tentar explicar a alguém o pq de vc ter feito isso!... Ninguém entende, nem entenderá. A não ser q seja mais um irmão q se contorce por dentro como nós.
Mudando totalmente: estou assistindo à série "Maysa - quando fala o coração". Produção impecável e extremamente interessante. Se tudo correu do jeito contado, certamente Maysa foi mais uma maníaca-depressiva incompreendida. Qntos alcólatras, suicidas, narcômanos tbm não passam de bipolares ou de outros doentes do sentimento incompreendidos? Acho q hj, em quase 2010, já passou da hora do nosso preconceito global parar de provocar finais trágicos como o da cantora - ou vidas traumatizadas por tratamentos desumanos em "clínicas psiquiátricas".
Xô, uruca!! Q 2009 venha com toda sua luz!! Prá todos nós!!
Ia'Orana!
excelente seu comentário! Talvez Maysa também tivesse um transtorno. Muitos artistas têm. Aliás, pessoas talentosas muita das vezes tem um diagnóstico de transtorno mental. E está mais do que na hora das pessoas verem esses chamados transtornos de maneira diferente!
ResponderExcluir