E pensar q há poucos dias estava esfuziante, saltitante, de ter momentos de ter medo de mim mesma... Agora tudo q consigo ver é em preto-e-branco, como se minha vida fosse um nada. E o pior é q me sinto culpada pq olho prá minha vida e tudo está acontecendo como eu queria, tudo está lindo - se não fosse a depressão... Antes não, eu realmente tinha pendências na minha vida q eu tinha q mudar - a propria vida fez questão disso - e sofri mto com todas as transformações. Mas sofri feliz, pq sabia q era necessário pro meu próprio bem, pro meu melhor caminhar. E agora, q tudo anda bem... Só tenho forças prá chorar, mtas vezes nem prá sair da cama... E ainda tenho q cuidar das crianças prá deixar com meus pais antes de sair prá trabalhar...
Sabe qndo tem dias q cansa?? Pois é, essa coisa de ser bipolar me cansou, já. Nunca fui lá mto "normal", e talvez por isso, por agora estar me tratando e tudo, q não consigo aceitar essas modificações de humor sem sofrer mto. O q piora a depressão. Como cortar o círculo vicioso?...
Mas a esperança ainda é a última q morre... Tenho q crer nisso...
Ia'Orana!
"...Por eu ser assim
Se eu sou muito louco
Por eu ser feliz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz... Eu sou feliz!"
Mistura de vida, ficção, música e loucura.
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quinta-feira, 16 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Esquizofrenia
"Olhem!!! Olhem ali! O diabo quer me pegar!!! Não deixem!!!!!!!!!!!!..."
Desesperada, ela apontava para a janela, logo ao lado da tv ligada no noticiário local, e tentava se esquivar de algo q o marido e uma outra parente não entendiam.
Não entendiam pq não viam.
Assim começou minha vida. Mas nenhum dos 3 personagens sabiam disso. Eu era um embrião e já estava às voltas com a loucura...
Fora as estórias contadas mais tarde, prá me atingir com a ilusão de me fazer "me comportar": as quedas de barriga da minha mãe. A intenção dela, pelo q dizem q ela dizia nas crises, era se livrar de mim.
Por mtos anos me senti culpada, achando q fora eu q trouxera a doença para minha mãe, mas depois, com a proximidade q a minha doença causou entre nós, fiquei sabendo q minha mãe tem esquizofrenia desde a adolescência.
Receber o diagnóstico de bipolaridade foi assustador, mas redentor de alguma forma. Mágoas antigas foram deixadas prá trás com a compreensão dos fatos, além da ponte q todo o tratamento psicológico e medicamentoso construiu entre minha mãe e eu. Por um lado, é triste q mãe e filha tenham a insanidade como maior ligação, no entanto, antes a doença q une do q a doença q separa. Era o q a esquizofrenia era prá mim: uma barreira entre minha mãe e eu. Pelo menos até eu ver-me tbm às voltas com psiquiatras e etc.
Hj pela manhã,ao programa Mais Você, na Rede Globo, e o tema de uma das reportagens e entrevista foi a esquizofrenia. É sempre reconfortante se identificar com alguém, e ouvir as estórias de pessoas q foram tbm atingidas pela esquizofrenia de seus parentes não é diferente. Agora, fiquei pensando nas minhas filhas: têm uma avó esquizofrênica, uma mãe bipolar, e uma delas apresenta déficit de atenção. Q futuro as aguarda?...
Temo por elas e por mim mesma. Pq a culpa - tão natural no papel de mãe - é ainda mais doído qndo descobrimos q nossa herança genética deu aos filhos uma deficiência de presente. Sei disso pq vi nos olhos de minha mãe...
Ia'Orana!
Desesperada, ela apontava para a janela, logo ao lado da tv ligada no noticiário local, e tentava se esquivar de algo q o marido e uma outra parente não entendiam.
Não entendiam pq não viam.
Assim começou minha vida. Mas nenhum dos 3 personagens sabiam disso. Eu era um embrião e já estava às voltas com a loucura...
Fora as estórias contadas mais tarde, prá me atingir com a ilusão de me fazer "me comportar": as quedas de barriga da minha mãe. A intenção dela, pelo q dizem q ela dizia nas crises, era se livrar de mim.
Por mtos anos me senti culpada, achando q fora eu q trouxera a doença para minha mãe, mas depois, com a proximidade q a minha doença causou entre nós, fiquei sabendo q minha mãe tem esquizofrenia desde a adolescência.
Receber o diagnóstico de bipolaridade foi assustador, mas redentor de alguma forma. Mágoas antigas foram deixadas prá trás com a compreensão dos fatos, além da ponte q todo o tratamento psicológico e medicamentoso construiu entre minha mãe e eu. Por um lado, é triste q mãe e filha tenham a insanidade como maior ligação, no entanto, antes a doença q une do q a doença q separa. Era o q a esquizofrenia era prá mim: uma barreira entre minha mãe e eu. Pelo menos até eu ver-me tbm às voltas com psiquiatras e etc.
Hj pela manhã,ao programa Mais Você, na Rede Globo, e o tema de uma das reportagens e entrevista foi a esquizofrenia. É sempre reconfortante se identificar com alguém, e ouvir as estórias de pessoas q foram tbm atingidas pela esquizofrenia de seus parentes não é diferente. Agora, fiquei pensando nas minhas filhas: têm uma avó esquizofrênica, uma mãe bipolar, e uma delas apresenta déficit de atenção. Q futuro as aguarda?...
Temo por elas e por mim mesma. Pq a culpa - tão natural no papel de mãe - é ainda mais doído qndo descobrimos q nossa herança genética deu aos filhos uma deficiência de presente. Sei disso pq vi nos olhos de minha mãe...
Ia'Orana!
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