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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mas é bem feito!!!

Pois é, tava tão de saco cheio de tomar tanto remédio q fui me desinteressando, esquecendo aqui, esquecendo ali... Acabou q larguei tudo pro alto mesmo. Eu sabia q tava errado, mas eu me sentia tão bem... Mto melhor do q com os antipressivos. Logo imaginei q não tenho problema nenhum, tava me dopando à toa... Tava ótima sem tomar nada!

Tá bom, uma agitaçãozinha mental. Ah, mas eu podia lidar com aquilo! Tbm voltei a arrancar cabelo, mas achei q minha força de vontade ia melhorar isso (nunca melhorou em quase 20 anos! Não sei de onde tirei essa idéia...). Será q os medicamentos só me deixavam abobalhada? Não queria mais aquilo prá mim. Afinal, sem medicamento eu tava mto mais ligada, mais esperta, mais inteligente, mais genial... Mais, mais, mais! Qndo a agressividade apareceu, até pensei q podia ser a "tal" hipomania, mas, não: na verdade - eu achava - eu estava sendo eu mesma finalmente, os remédios só me reprimiam! Tão cedo não pensava em voltar a tomar nada, e nem sabia se ia na psiquiatra no dia marcado prá consulta (01/12).

Ontem, havia quase 1 mês sem medicamento. Tudo seria lindo se não fosse a confusão q morava dentro de mim. No fim do dia, uma crise: eu não queria levantar, não conseguia falar, só conseguia chorar compulsivamente. Mto pouco lembro da situação, mas Mr.G conta q o pouco q consegui falar foi prá dizer aos brados q queria morrer. Pior: na frente das minhas filhas. Eu não tinha controle de nada. Eu só lembro da angústia, vontade de fugir prá lugar nenhum...

Mr.G me jogou debaixo do chuveiro frio e parece q fui me acalmando. Só tremia mto e não conseguia respirar direito. Pedi água com açúcar e as coisas pareciam voltar ao lugar. Tudo tinha sumido, fui ao samba com a família, só queria beber mto e fumar tbm... Ri, sambei, e mesmo em casa só consegui dormir às 3 da manhã.

Pela manhã, parecia q a nuvem negra tinha passado e levado tudo embora. Do pouco q eu lembrava, não entendia o pq da crise de ontem. Prometi a mim mesma parar de fumar e voltar à tomar a medicação. Qualquer tremor nas mãos é menos pior do q o risco de viver aquilo tudo denovo.

Amanhã tem psiquiatra. Desisti de faltar. Só pedi ao Mr.G prá ir comigo, já q eu lembrava pouco do q aconteceu durante a crise. E agora, aprender com a burrada, né... Voltar a tomar meus remédios direitinho prá encontrar um pouco de paz...

E daí q estabilizada não sou tão genial assim?

Ia'Orana!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vinte e Nove - Renato Russo

"Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Só aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais

Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de saturno
Decidi começar a viver

Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar e a pedir perdão

E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez"

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Renascida em 2 de novembro

Agradeço pelos calorosos comentários no último post, mas infelizmente não sou eu a autora do texto. Postei-o pq tbm me identifiquei mto.

Hj acordei meio de saco cheio de ser bipolar. Sei lá, de saco cheio do diagnóstico. Eu já sei a mto tempo q eu NÃO SOU o diagnóstico, só tenho q conviver com ele, mas nos últimos meses confesso q, mesmo sem querer, me escondi por trás dele. Acho q deixei de ser eu mesma prá ser "uma bipolar". Ou melhor, uma "pobre coitada de uma bipolar". As vzs, lá dentro do meu ser, há algo q aprecia se fazer de coitado... E eu custo tanto a acreditar nisso q não consigo lutar contra. Pois, está bem, eu reconheço e mando prá longe, AGORA!!! - q falta faz a terapia...

É, não tenho feito terapia pq tbm cansei. Eu só falava sozinha, e falava tanto (o q é fácil prá mim) q acabei sem assunto (o q já é difícil). Não sabia mais sobre o q falar nas sessões, desisti de ir. Quem sabe um dia não encontro um psicólogo q tenha mais a ver comigo (sei q é difícil na rede pública, mas...)?

Ultimamente meus psicólogos têm sido caboclos e preto-velhos. Na falta q tem me feito o Centro Espírita no qual sempre servi por questões de horário, resolvi frequentar um terreiro de Umbanda, mais perto do trabalho. E eles falam umas verdades q batem forte, sabe? Coisas q eu mesma não queria ver, e derrepente me vejo hj, botando dedo em feridas q precisavam prá ser cicatrizadas... Tem dado certo. Minha questão prá próxima gira será as coisas do passado q sempre me assaltam vez em qndo. Qndo eu penso q superei certas coisas, volto a ter notícias aí vejo q M... q eu sou... Essa tem sido minha única fraqueza. Ah, e vinho tbm. Ontem, numa comemoração, enxuguei uma garrafa de vinho e acordei daquele jeito... Já viu...

Mas acho q hj é dia de comemorar. Comemorar não estar entre os celebrados do dia. Ou, como diz minha sogra, celebrar por não ter ninguém querido prá celebrar pela primeira vez esse ano. Mas hj estou celebrando o meu renascimento. Já senti isso antes e passou, mas vou fazer de tudo prá q não passe dessa vez: essa vontade de viver, de pôr em prática meus desejos, de não deixar ninguém mais me botar prá baixo, de parar de me sabotar. Afinal, como disse o preto-velho da última vez "taí uma moça de atitude!". Eu sempre tive, né, pq não vou ter mais?

Ia'Orana!