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segunda-feira, 5 de abril de 2010

E a depressão chegou...

Logo no dia seguinte do ultimato, a depressão chegou. E me veio uma culpa, um arrependimento de ter sido tão radical (qndo a radicalidade não partiu de mim, eu sei), voltei atrás, pedi desculpas, tudo voltou a ser como era. Será? Será q não foi como acontecem com os cristais q quebram? Vc pode até colá-los, mas ainda poderá ver a rachadura...

Apesar de não ter sido a primeira vez (e talvez nem a última) em q tentei terminar meu relacionamento, não sei dizer se é assim como um cristal. Talvez seja. Pq as mágoas q ficam (no meu coração e no do outro) racham o coração, e por mais q se consiga colar novamente, dificilmente se livrará das cicatrizes. E acho q o ultimato q me foi dado foi resultado disso, de um acúmulo de mágoas q vão ressequindo o relacionamento e qndo a gente vê, tá numa relação estéril, sem paixão, nem amor, sem um carinho q seja. Uma relação mais social do q pessoal, ou q qualquer outra coisa.

E é aí q explodem as mágoas! Elas esperam esse momento estéril prá se manifestarem... O bipolar em hipo/mania quer mandar tudo pro alto - "que resolver q nada!! Não tem mais jeito, vou chutar o balde!!" - mas depois da virada, vira um gato mansinho e culpado, q olha com focinho de pedido de desculpas por ter esbarrado no jarro raro e tê-lo feito se quebrar. O difícil é saber discernir, quem sou eu de verdade, quais são meus verdadeiros sentimentos. A vontade de mandar tudo pro alto ou a culpa por ferir outro alguém? Ou será tudo junto, mas a bipolaridade teima em separar como separar 2 personalidades diferentes? Não sei. Eu bem queria saber. E acho q mta gente queria tbm...

- Q inveja das pessoas q sabem o q vão sentir daqui a 20 minutos... - disse eu, mergulhada em melancolia e lágrimas, sentada no terraço, enxergando a fase depressiva chegar.

- O q eu posso fazer por vc? - se compadeceu Mr.G.

Parei prá pensar.

- Nada... Infelizmente nada...

Cada um q tente se salvar dentro da imensidão de ser si próprio.
Ia'Orana!

Água Viva - Clarice Lispector

"E eis que sinto que em breve nos separaremos. Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora eu sei: sou só. eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão.
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.
Quanto a mim, assumo a minha solidão, que às vezes se extasia como diante de fogos de artifícios.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. e a dor, silêncio.
Guardo o seu nome em segredo.
Preciso de segredos para viver."

quinta-feira, 1 de abril de 2010

E a bipolaridade acaba com outro relacionamento...

Me pego pensando qntos relacionamentos foram terminados pela bipolaridade sem q os envolvidos saibam??? E os q sabem, então??... Num empasse do tipo "mude ou me deixe em paz", optei claramente pela segunda opção. Dessa vez não foi iniciativa minha como todos os outros términos q tivemos. Dessa vez foi diferente. Será diferente no final tbm?

Ah, sei lá mais o q escrever. Lamentar minha doença-vilã? Lamentar minha vida de "vítima"? A vida é assim, e a MINHA vida é assim, só me resta aprender q vou ainda perder mta gente por causa do transtorno bipolar. Por mais remédio q se tome, por mais terapia q se faça. Não parece frustrante???

E é. É isso q só consigo sentir agora. Frustração. Eu podia ser feliz e ter uma vida como todo mundo, expressar minhas emoções como todo mundo, mas não sou assim. Mas ainda posso ser feliz, né? É o q me resta acreditar...

Fiquem na paz e Feliz Páscoa!!!
Ia'Orana!