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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Fechando mais um ciclo

Finalmente, completo meus 28 anos. E parecia q nos dias q antecederam o "grande dia" fui ficando mais consciente. Mais consciente da minha melancolia e da minha fraqueza. Foi daí q consegui forças prá buscar essa pessoa q sempre fui e q gosto de ser. Estou feliz e satisfeita com a vida, e mto mais tranquila. Estou mais consciente de mim e, o melhor: me aceitando como sou!!

Não estou mais apreensiva de como será o futuro. O futuro sou eu quem faço. Assim como fui eu q fiz minha própria vida até aqui. E a gente fica pensando tanta besteira, tanta superstição...

Meu 2009 já está sendo bom desde agora! Pq sou EU q faço meu estado de espírito!! Minha mente é a força q faz a minha vida, e não posso esperar pelo contrário, senão, dá no q deu... Eu apagando a mim mesma cada vez mais, prá dar espaço a uma ficha médica. Eu não sou um diagnóstico! Mas aceito q o diagnóstico faz parte de mim. Só isso!!!

Agora, com as crianças de férias, vou aproveitar prá curtir meu novo estado de espírito com elas...

Ia'Orana!!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Back to Black (or White, or Grey)

É difícil postar sem internet... Vamos dizer, impossível, rs...

A vida tá corrida, o q me dá pouco tempo para me desanimar da vida. Mas tem sintomas q são bem visíveis dos contrastes q ainda tenho vivido. A depressão não se deixa esquecer pela falta de apetite. Ainda q eu me force a comer, ânsias de vômito me obrigam a parar e tomar fôlego, seja lá o q eu esteja fazendo.

Já a ansiedade chega cheia de volúpia, com seus impulsos físicos, gastronômicos, insones... Nunca consigo achar meu limite no comer, na agressividade, e mto menos consigo dormir. Tento então tirar o melhor dela, pq nem sempre a ansiedade agita - ela tbm paralisa. Então qndo não paralisa, eu a tomo com todas as forças e reviro a casa atrás de coisas q não fazem mais sentido prá mim, mas podem fazer prá outro alguém. É bom "aliviar a bagagem", abrir caminho para novas coisas q não deixam de ser apenas materiais, mas q ainda assim fazem parte do caminho do espírito.

2008 foi um ano complicado prá mim. Deixei cair a mulher forte e confiante q eu era em algum lugar e me rendi a um diagnóstico. Parafraseando Maísa, "meu mundo caiu", não sabia mais quem era e vivi um tornado, um terremoto interno q me tornou frágil como a estrutura de um edifício. Essa coisa de 8 ou 80 tá me cansando à medida q vou chegando aos 30. Não sou mais uma adolescente - ainda q me veja dessa forma ainda - tá na hora de encontrar meu equilíbrio. Não preciso ser essa explosão q todos esperam de mim o tempo todo: posso ser uma lanterna, de luz constante e tranquila, não mais um pisca-pisca de Natal... Q droga, já to caindo no ridículo. Mas fazer o q se os sentimentos mais profundos - assim como as cartas de amor - são todas ridículas? Tem coisa mais ridícula q um revival de fim de ano? Mas, continuando com Álvaro de Campos: "Afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas."

Se não vê-los até lá, feliz Natal!
Ia'Orana!

domingo, 23 de novembro de 2008

Roda Viva

(Chico Buarque)

Tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)

E num tem dia mesmo assim?...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Meus Contrastes

Ai, ai... Tá bom, nem eu mesma me aguento nesse ritmo "semana up, semana down"... Pelo menos consegui meu ácido valpróico, em falta na semana passada no posto. Estava tremendo cada vez mais, e cheguei a pensar em deixar de tomar os remédios por causa disso. Mas botei a cabeça no lugar - principalmente depois da terapia - e foi de cabeça erguida q voltei ao posto buscar a medicação q faltava, firme na ideia de não desistir de mim mesma. A tremedeira passou.

Voltei a me dedicar à minha espiritualidade. Estou relendo - conforme a ansiedade permite - livros q eu já tinha lido e voltei a frequentar as sessões de educação mediúnica no meu CE, além dos estudos e trabalhos q eu já fazia lá. Havia abandonado justamente por estar me sentindo perturbada, frágil demais. E pq o exercício da mediunidade exige uma responsabilidade q eu tinha medo de entregar. Resultado: 2 meses depois, surtei de vez. Mas agora q voltei, me ajuda a me concentrar e oração tbm nunca é demais. Estranho foi conversar sobre isso com minha terapeuta. Sei lá, as vzs pra maioria das pessoas uma coisa nada tem a ver com a outra, e até mesmo eu q acho q tem a ver, me confundo com os pontos de intersecção. Prá isso eu leio mto. E divago mto. Até conseguir minhas próprias respostas...

Ótimo fim de semana! Ia'Orana!

O Bêbado e o Equilibrista

"Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel

Pedia a cada estrela fria um brilho de a...lu...guel
E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco
O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil
Prá noite do Bra...sil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete

Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram marias e clarisses no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
A espe...rança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se ma...chu...car
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
tem que continuar"

domingo, 2 de novembro de 2008

Florbela Espanca

Gosto mto de Florbela Espanca. Ela tem uma intensidade nos seus versos com os quais me identifico mto.

Nas últimas semanas andei me sentindo meio deprimida - e a última consulta com a terapeuta tinha sido tão boa... Senti uma espécie de hopelessness, uma falta de "luz no fim do túnel", como se eu não tivesse amanhã. Me senti velha demais, cansada demais, gorda demais, feia demais prá fazer ou pensar em qualquer coisa. Foi como incorporar outra pessoa, como estar fora da Terra. Passei dias macerando isso sozinha, pq no dia da consulta dessa semana a terapeuta faltou por estar doente. Ainda não estou no meu bem-estar mais pleno, mas estou mto melhor, de uma forma q nem eu sei explicar. Só sei q olhei prá mim mesma e tirei as máscaras nas quais eu mesma me escondi. Afinal, eu ficava pensando "caramba, estou com 27" qndo devia pensar "caramba, ainda estou com 27!", talvez tentando usar como desculpa esfarrapada para meu medo de falhar. Mas tenho mto a fazer ainda nessa vida, e tenho luz, uma luz q é só minha, mesmo q seja bizarra. Uma luz cheia de cores dos meus talentos únicos q hj enxergo! Derrepente minha alma se arrumou, passou um batom vermelho e saiu prá ver o sol... E como era belo! A vida passou a me mostrar outras perspectivas e hj me sinto novamente forte, mesmo por ter me assumido fraca um dia. Claro, ainda tenho medo desse fantasma depressivo q toma minha vida derrepente sem pedir licença, mas quero viver o meu melhor enquanto ainda dá prá estar na parte de cima da roda-gigante (roda-gigante não pq eu morro de medo, prefiro a "velha amiga" montanha-russa).

Não postei antes pois é difícil postar deprimida. Ou com tremor nas mãos. Temo ser da medicação. Amanhã procuro um médico prá saber o q é e dar um jeito nisso q tá me incomodando tanto...

Ia'Orana!

Fanatismo

"Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!..."

(Florbela Espanca)

domingo, 19 de outubro de 2008

Quase peço perdão quando alcanço meu alvo,
quando tenho sucesso nalguma empreitada,
por sair são e salvo de certos combates,
completando jornadas que aceito assumir...
Por favor me desculpem por ser persistente,
acabar conseguindo por muito buscar,
unir unhas e dentes na lida diária;
até mesmo ofuscar certos olhos obesos...
Muitas vezes prometo em silêncio infinito,
que serei simplesmente uma chama na palha
ou apenas um grito perdido na noite...
Mas acabo durando, vencendo percalços,
numa "falha" contínua que a tantos atinge;
tantos falsos adidos; parceiros; irmãos...

- Demétrio Pereira Sena

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Bad Hair Day

Ontem a terapia foi assustadoramente produtiva. Acho q em meses eu não tinha uma sessão tão interessante. Talvez tenha sido causado pelo bem-estar causado pelos medicamentos novamente tomados direitinho... Finalmente me dei conta de q não passo q uma menina mimada q não tem objetivos na vida simplesmente pq nunca precisou! Sempre tinha alguém ali por trás me dando total apoio, eu nunca precisei me jogar em nada a não ser q eu quisesse. E mtas vzs eu quis fazer coisas simplesmente pq eu achei q eu podia, mas me dei conta de q eu não TENHO necessariamente q fazê-las (isso talvez explique meu total fracasso e indecisão profissional). Pode não parecer, mas é um avanço. Quem diria q um dia eu me reconheceria como uma "megerinha" (ou uma "megera com simpatia", como eu criei dentro do consultório).

Ah, sei lá. Só sei q ando tbm meio triste. Pior do q ser magra ou gorda é estar no meio do caminho como eu ando ultimamente. Serão os medicamentos? Sei lá, tem gente q diz q o ácido valpróico engorda... Mas eu ainda sinto mta ansiedade... E meu novo corte de cabelo não anda favorecendo em nada (até pq ando com mta preguiça de ficar fazendo escova com o calor q se faz nessa cidade)... Acho q vou raspar a cabeça (Mr.G incentivou a rasparmos juntos), mas acho q vou ficar mais esquisita ainda. Mas afinal, o q é uma cabeça raspada prá quem pinta o cabelo de cores como roxo e pink???

Não se assustem se dia desses vcs se depararem com alguma notícia esquisita por aqui...

Ia'Orana!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

"No one know what's like..."

Pq hj me sinto assim... (E tbm pq amo "House")


Por trás de Olhos Azuis
(The Who)

Ninguém sabe como é, ser o cara mal
ser o cara triste, por trás de olhos tristes
E ninguém sabe como é, ser odiado
ser destinado, a apenas mentir...

Mas meus sonhos não são tão vazios
quanto minha consciencia parece ser
passo horas, sozinho
meu amor é uma vingança
isso nunca é de graça

Ninguém sabe como é, sentir estes sentimentos
como eu sinto, e a culpa é sua!
Ninguem ferroa tão ferozmente, em sua ira
Nenhuma das minhas aflições ou dores.. podem transparecer

Mas meus sonhos não são tão vazios
quanto minha consciencia parece ser
passo horas, sozinho
meu amor é uma vingança
isso nunca é de graça

Quando meus punhos cerrarem, abra-os até quebrar...
Antes que eu os use e perca a calma.
Quando eu sorrir, me dê algumas notícias ruins...
Antes que eu sorria e aja como um tolo.

E se eu beber de algo maligno;
enfie seu dedo na minha garganta.
e se eu tremer me dê seu cobertor;
me mantenha aquecido, deixe-me usar seu casaco.

Ninguém sabe como é, ser o cara mal
ser o cara triste, por trás de olhos tristes.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Mea Culpa"

Culpa é da culpa provocada pelo porre. É a única coisa q justifica.

Ontem fui num outro aniversário e bebi prá caramba tbm. Só não bebi cerveja, mas me enchi de Martinis, caipivodkas de morango, cuba libres, e até margheritas, dancei à beça, e no máximo senti uma "leve leveza" qndo rodei num passo de dança. Resolvi variar e pedir um chopp. Quem disse q desceu?? Voltei pro Martini prá saideira, já esperando um porre igual àquele q tive no niver do Mr.G. Adivinha! Nadica de nada às 10 da manhã.

O q será q vem primeiro? O porre ou a culpa? A culpa ou o porre?

Pensei q os destilados iam acabar comigo, mas NADA! - desceu como suco! Eu desconfio ligeiramente de q cerveja me cause algo parecido com reação alérgica (o q explicaria a diarréia q eu costumo ter qndo passo pelo famoso "choppinho com amigos"), e até pensei em extender essa desconfiança para os fermentados em geral, mas não costumo ter a mesma reação com vinho.

Será o "lúpulo de Hallertau"?

Vai saber...

Obs: Sem notícias da terapia pq andei faltando mais q a média. Até a dra. me ligou prá saber como eu tava e eu disse q sinceramente eu tava deprimida demais e sem estímulo prá ir prá qualquer lugar na quarta-feira. Qnto mais prá terapia, já q eu não tinha motivo nenhum aparente prá toda aquela vontade de morrer (ainda bem q já passou)...

Ia'Orana!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Fugindo de mim"



Sábado foi aniversário do Mr.G. Tudo mto legal, mtos amigos presentes, mta farra, e mta bebida tbm. "Caguei" pros medicamentos q eu estava voltando a tomar (justamente pela agonia de ter ficado sem tomar, talvez). E bebi fugindo de algo, certamente de algo dentro mim, ou de mim mesma; nesta coisa em q me transformo qndo estou na fase up (ou maníaca). E como uma coisa sempre puxa outra, fumei consideravelmente tbm (levando em consideração q 3 cigarros é mto prá quem estava há 1 ano sem fumar). Me diverti mto sim, mas tbm poderia ter me divertido da mesma forma sem todos esses excessos. Até pq no dia seguinte tive meu primeiro (e espero q único) porre de toda minha vida. UM HORROR! Nada parava à minha volta, uma dor de cabeça absurda, enquanto eu não sabia se sentava ou se vomitava no vaso. Sorte q minhas filhas estavam dormindo e não tiveram q assistir à essa cena patética...

Me senti tão ridícula... Eu pensei q já tinha me livrado dessas coisas... Q já não tinha mais idade e nem tempo prá isso... Q tudo isso era desnecessário, q me era fácil deixar prá trás: o cigarro, a cervejinha (ou o vinhozinho) com os amigos, as carnes... Eu estava mais acima disso tudo e hj me sinto ridicularizada por essas coisas. Q saco!! Me senti vencida e ainda faço esforços enormes prá não me sentir mais assim: vencida pelo q já tinha vencido. É assim q me sinto agora...

Não adianta, a grande verdade é essa: o nosso maior inimigo está dentro de nós mesmos...

Pelo menos acho q os remédios voltaram a fazer efeito: não me sinto mais agoniada e ansiosa como estava me sentindo antes. E o sono tbm voltou ao normal... (espero q o fígado tbm volte em breve)
Ia'Orana!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A nice day

Medicação acabando, e eu achando q eu tava tão bem q mal não ia ficar. O problema era ter q esperar pelo exame de sangue estar pronto prá poder levar o resultado à psiquiatra. E assim aconteceu. Só q a "assistente" dela simplesmente pegou meu exame, anexou ao meu prontuário, e eu crente q ia entrar logo no consultório, me volta a "assistente" com a receita prá pegar os remédios na farmácia, da mesma dosagem de antes. AH, ASSIM NÃO DÁ! E só posso remarcar no final de novembro. ATÉ LÁ EU ENDOIDEÇO DE VEZ??????????????????????

O problema nem foi esse. Até levei numa boa o fato de não conseguir dormir, de estar perdendo a firmeza nas mãos... Até q as dores nas pernas q mais pareciam por esforço q eu poderia ter feito em qualquer lugar foram aumentando absurdamente, me fazendo passar o domingo de cama. Pra aliviar a angústia, encontrei uma receita antiga de clonazepam e o comprei, mas era só sublingual (ou seja, só prá quebrar o galho mesmo), e num lampejo de sabedoria, resolvi reler a bula. Sintomas de abstnência: mialgias (cãimbras nos músculos). Já entendi tudo. Tomar remédio é uma droga, mas sem essa droga meu organismo já não vive. Saco! Pelo menos peguei logo os remédios, tomei uma dose assim q cheguei em casa, e as dores estão indo quase q por completo, mesmo sem ter tomado nada prá dor.

Mas o dia não foi de todo ruim: fui parada umas 2 vzs na rua prá receber elogios pelo meu cabelo (já tinha tempo q não faziam isso, hahaha, a própria "celebridade"!), quase dei autógrafos! hahahaha... E aconteceram umas coisas q me intrigaram q foram totalmente "flattering to me", mas q eu prefiro q não se confirmem pois senão estou lascada (comigo mesma e com meus compromissos humanos e morais).

Pq a vida tem q ser difícil assim, hein?
Boa semana!
Ia'Orana!

domingo, 7 de setembro de 2008

Enfim, a eutimia...

Angústias das mais doloridas,
Ausências e euforias,
tudo fora e dentro de mim,
sem controle.
Derrepente se foram, assim,
Sem serem notadas...

Será enfim a normalidade?
Sinto-me estranhamente equilibrada. Nem alegrias, nem agonias... Bem, pensando bem, tive sim, meus sentimentos de alegria: e não eram exagerados, condiziam com a veracidade dos fatos. Só tenho sentido falta das lágrimas - das tristes e das alegres - q antes eram abundantes (ou melhor, descontroladas). Eu devia estar feliz por estar distante desses arroubos emocionais q me faziam quase pirar, mas, não sei... Algo me incomoda. É como caminhar pelas ruas e esperar por algo à espreita em alguma esquina... Não quero ficar pensando bobagens prá não me deixar influenciar por essas coisas, pelo contrário, quero aproveitar esse momento mais temperado de mim e me dedicar mais às coisas e pessoas q eu deveria - e q eu não conseguia. Mas não deixo de me incomodar com essa sensação de "silêncio q precede o esporro"...

Não devia ter faltado à terapia na semana passada, mas com aquele tempo seco, minha sinusite não se segurou... Mas pensando bem, acho q foi bom ter faltado. Tínhamos discutido, da última vez, o qnto eu me identificava com uma música do Pato Fu na qual o "narrador" diz estar sempre viajando, procurando um lugar em q se identifique, mas qndo começa a se identificar, parte prá outro lugar. Assim sou eu. E a dra. tinha achado isso positivo, pois faz parte da busca pela individualidade. E eu não entendia como isso podia ser tão positivo se me fazia sofrer tanto!! Provavelmente eu iria voltar a discordar dela na semana passada, mas durante a semana vi q é possível realmente q tudo isso seja positivo. E é cada vez melhor encontrar-me no meu verdadeiro eu, sem medos ou influências, no entanto, o q me tira o sossego é: pq ainda é tão doloroso???...

Até quarta-feira dá prá pensar...
Boa Semana!
Ia'Orana!

domingo, 31 de agosto de 2008

Ando tão à flor da pele...

Andei acelerada... Acelerada demais, falava demais, comprava demais... Daí sempre vinha a "rebordosa", como sempre. E os altos e baixos continuam, e cada vez piores... Até aumentei a dose do estabilizador de humor (sem autorização médica - NUNCA FAÇAM ISSO) e hj acabou o calmante. No desespero, encontrei alento num café com Domecq. Depois de meses já acostumada com a idéia de não beber por causa dos remédios, comecei com um vinhozinho aqui (tentação das tentações!), e daí fui caindo, caindo, até cair no Domecq no café. Deus abençoe minhas noites de sono...

"Eles" estão por aí, por todos os lugares, e às vzs é difícil não ouví-los. Sombras q esgueiram-se pelas paredes, sussurrando o incompreensível, mas q me perturbam os pensamentos do mesmo jeito. Fica tudo embaralhado, não consigo pensar ordenadamente, e qndo vejo, já cometi as sandices de uma mente acelerada. E aí vem a deprê de novo.

E assim ando por aí. Às vzs sorrindo um sorriso choroso, ou chorando um choro alegre - a alegria e a tristeza me dominam qndo deveria acontecer exatamente o contrário. Quem sou eu senão o corpo, a mente e o coração?? Mas sinceramente, acho q nas últimas semanas eles brigaram, pq um não anda se entendendo com o outro...

Qndo eu digo ocasionalmente q sou bipolar, as pessoas geralmente ficam curiosas, mas sinceramente, nem eu mesma sabia explicar ou mesmo entender o q é ser bipolar. E li numa dessas comunidades do Orkut (q não são poucas) uma explicação simples mas mto real: é normal as pessoas ficarem felizes ou tristes - em diversas intensidades - conforme as situações q ocorrem com elas. Pro bipolar, tudo fica sem controle: vc fica triste qndo devia estar alegre, fica alegre qndo devia estar triste... E ultimamente meu destempero anda cada vez pior.

Estou só esperando o resultado dos meus exames prá voltar na psiquiatra. A terapia já tá perdendo a graça prá mim. Não aguento mais ficar falando de mim, principalmente pq eu mesma não entendo nada desse ser q sou. É bom só prá chorar, chorar, chorar, lavar a alma, mas isso eu poderia fazer num cinema, com um filme bem água-com-açúcar. Bem... Pensando bem, contando preço de entrada, pipoca além dos lencinhos, as sessões com a psicóloga saem bem mais em conta...

Tá vendo? Eu mesma não me contenho num simples post... Pura montanha-russa...
Boa semana a todos!
Ia'Orana!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A verdade está aqui dentro

Ingenuidade minha ter sido sempre sincera. Ingenuidade minha esperar a mesma sinceridade das outras pessoas. Estão todas o tempo todo interpretando. A diferença é q umas interpretam mais q outras. E as q mais interpretam são as q mais apedrejam a sinceridade ingênua do outro.

Me sinto vivendo num castelo de mentiras, onde tudo é de faz de conta, onde tudo pode ruir a qualquer momento. Suas paredes de areia não me fazem me sentir protegida. "Só a Verdade vos libertará" é o q diz a Bíblia, e por mais piegas q pareça, é o q já veio embutido no meu coração qndo eu nasci. Ascessório de fábrica, entende? Não há decepção nem mágoa no mundo q consiga tirar isso do meu peito. E é por isso q dói tanto assistir pessoas q vc ama amando de forma tão hipócrita. Pq - me corrijam se estou errada - no amor não cabe hipocrisia. Será q sou tão ingênua assim?? Pq será q ainda acredito no ser-humano, principalmente qndo ele deveria ser seu companheiro e vice-versa, e saber q ele não confia em mim (o q me faz deixar de confiar nele).

Será q virei um monstro, uma bomba-relógio preste a explodir simplesmente por receber a verdade??? E fica sempre tudo assim, no ar (isso qndo não caem informações no meu colo), tudo sempre bem, mas quem disse q está bem? Qndo me dou conta as paredes de areia estão ruindo e meu coração fica em pedaços. Dá prá evitar isso antecipando as coisas? Ou eu estou atropelando tudo? Ou será q o real caminho da vida é esse mesmo, eu fingir q nada sei, todos fingirem q nada sentem, e assim, nesse poço vazio de falsidade, seguirmos todos juntos, uma sociedade inteira, caminhando em seus ciclos de vida como sempre foi?

E ainda dizem q estamos em tempos modernos...

Continuamos com as mesmas tolices de sempre, os mesmos preconceitos, o mesmo sexismo, o mesmo bando de MERDAS q carregamos geração após geração.

Ah, sei lá... Tô cansada. Pq evitar a dor se ela tem q ser vivida (visto q estamos vivos - os mortos não sentem dor, certo?)?

Ah, Ingenuidade... Pq não me deixas só prá q eu possa ser cruelmente hipócrita como todos os outros...?

Ia'Orana!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ATENÇÃO À ESTA NOVA DOENÇA: NORMOSE

(Fonte desconhecida)

"Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.
Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.
O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável e bem-sucedido. Quem não se 'normaliza' acaba adoecendo.
A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?

Eles não existem.

Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado.
Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos.
Melhor se preocupar em ser você mesmo.
A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa.

Você precisa de quantos pares de sapato?
Comparecer em quantas festas por mês?
Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula,não patentearam, não passaram adiante.

O normal de cada um tem que ser original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos
homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes."


E eu concordo!
Ia'Orana!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Antes que seja tarde (Patu Fu)

"olha, não sou daqui
me diga onde estou
não há tempo não há nada
que me faça ser quem sou
mas sem parar pra pensar
sigo estradas,sigo pistas pra me achar

nunca sei o que se passa
com as manias do lugar
porque sempre parto antes que comece a gostar
de ser igual, qualquer um
me sentir mais uma peça no final
cometendo um erro bobo, decimal

na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração

pelas minhas trilhas você perde a direção
não há placa nem pessoas informando aonde vão
penso outra vez estou sem meus amigos
e retomo a porta aberta dos perigos

na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração

na verdade continuo sob a mesma condição"

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Como se sentir uma celebridade

Primeiro vc descolore todo o cabelo e pinta-o de roxo. Logo vc receberá olhares dos mais diversos pelas ruas, mas coisa q qualquer um pode sobreviver. Daí, qndo vc cansar do seu look, com a raiz já dando o ar de sua graça, pegue apenas algumas mechas, faça um soap-cap apenas para tirar o roxo, e tinja-as de pink. Saia de casa de óculos tipo Ray-Ban e bang!, vc terá todos os mais diversos olhares nas ruas, ouvirá as pessoas cochichando assim q passam por vc, as pessoas se aproximam de vc prá perguntar como vc fez aquilo, quase como quem pede autógrafos!!! É impressionante!!

Claro, esse processo não é mto recomendado para pessoas com mania de perseguição e anti-sociais, mas para os q sonham em participar de um BBB ou coisa assim, parece bem divertido! :D

Bem, mas tentando falar sério agora, não sei como consigo falar as coisas q fervilham o pensamento de uma bipolar em 30 minutos de terapia. Principalmente nessa semana, em q vivi os mais intensos sentimentos: tristeza, culpa, raiva, a felicidade de reencontrar velhos amigos e parentes e pôr em dia coisas q vc queria pôr prá fora há mtos anos, ou mesmo se sentir confortável em dividir lembranças q fazem parte de vc e das quais vc tbm faz parte! É... Pq cansa achar interessante as lembranças de outras pessoas, lembranças essas das quais vc não faz parte.

Eu só quero uma coisa hj: reencontrar aquela q eu era no ano passado, mais segura, mais auto-suficiente emocionalmente, sabe? Derrepente parece q desde q o ano entrou, voltei a ser dependente e isso é horrível. Quero sair desse labirinto. E eu sei q eu posso, pois já estive fora dele antes... Só me resta lembrar do caminho.

Ótima semana!
Ia'Orana!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O ser "normal" e o ser "comum"

Voltando da terapia semanal, exausta e frustrada por ter sido furtada em meus poucos trocados prá voltar prá casa, me deparo com um casal q vinha do outro lado da rua, em direção contrária. Era um casal de cegos de braços dados, cada um com sua bengala, o homem ainda carregava um carrinho com uma espécie de barril. Fiquei pensando na vida deles, como conseguem viver e até mesmo transitar tranquilamente pela Madureira-formigueiro. Me imaginei sem minha visão e vi q eu não era nada. Não sou nada sem minha visão, sem minhas pernas q gritavam de dor, sem os projetos q temo darem certo, sem meus amigos do meu universo paralelo, sem meus medicamentos, sem a tv a cabo, sem internet, sem uma penca de roupas q pendem em meu guarda-roupa na esperança de serem usadas... Enfim, não vivo sem uma penca de coisas q podem ser totalmente extirpadas da minha vida.

O desapego é uma coisa mto difícil. Principalmente o desapego moral. O orgulho mtas vzs empaca nossa vida. A humildade de se reconhecer, "baixar a crista" e pedir desculpas é mto difícil. Mas aprendi nessa semana o qnto é gratificante e o qnto pôde fazer de melhor na minha vida.

Estou mto feliz de ainda ter todos aqueles "supérfluos" dos quais não vivo, mas estou decidida a me desfazer de boa parte. Afinal, fica difícil seguir a caminhada qndo a bagagem está mto pesada...

Me sinto hoje, mais leve... Deixei a bagagem aberta e as coisas foram sendo deixadas pelo caminho. Estou leve, me sinto livre de ser o MEU normal.

Pq não existe "normal", e sim "comum". Assim como ser "incomum" já é comum prá mim...

Ia'Orana!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Uma estória bipolar

Clique Aqui

Achei esse vídeo no Youtube e me emocionei. Me fez reviver boa parte da minha própria estória (só q é em inglês, sorry...).

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O q realmente somos?

Há uns dias atrás tive um sonho q me deixou perturbada. Era um encontro de velhos amigos, eu já tinha 34 anos e, conversando com os outros me dei conta de q àquela altura da minha vida não tinha realizado nada. Acordei voltando os 7 anos atuais e repensando minha vida. Eu não costumava pensar assim aos 20 anos, pelo contrário, achava q fazia mtíssimo prá idade q eu tinha. Mas o problema das crianças prodígio, é q elas crescem. E perdem sua graça. Teria eu q fazer coisas cada vez mais magníficas para evitar esse sentimento de falta de realização?

Hj é dia de terapia e fui no ônibus pensando em algo prá dizer, pq estava totalmente sem assunto. Lembrei desse sonho e foi a forma q encontrei para iniciar o diálogo com a psicóloga. Me dei conta de q faço mtos projetos, mas q eles só me reluzem enquanto estão lá, na estante. Na hora de pô-los em prática, simplesmente entro em pânico! Pq me saboto tanto? E não é por falta de capacidade não, nem auto-confiança, nem de conhecimento dos próprios talentos; é simplesmente pq parece q tudo perde a graça prá mim qndo está em via de acontecer. Já na saída do consultório, a psicóloga me disse algo q pareceu me nortear (ou desnortear) pelas ruas, ao voltar prá casa: "mta gente não consegue lidar com o medo de falhar, vc simplesmente precisa aprender a lidar com o medo de dar certo!".

Pq alguém pode ter medo de dar certo??? Acho q a pergunta agora q emerge com mais urgência é: como me livrar desse medo de dar certo? Pq, seja com 27, seja com 34, com q idade for, eu não posso passar o resto da minha vida dentro do casulo tendo medo de voar...

Cheguei em casa e me deparei com a revista Cláudia, pedindo prá ser aberta. Tinha um trecho do novo livro do Paulo Coelho q me fez pensar ainda mais:

"Mas o espírito não tem nome, é a verdade pura, está habitando aquele corpo por determinado período e um dia o deixará - sem q Deus se preocupe em perguntar: "Quem é vc?" qndo a alma chega diante do julgamento final. Deus perguntará apenas: "Vc amou enquanto estava vivo?". A essência da vida é esta: a capacidade de amar, e não o nome q carregamos em nossos passaportes, cartões de visita, carteiras de identidade. Os grandes místicos trocavam seus nomes e às vzs os abandonavam para sempre. Qndo perguntam a João Batista quem ele é, diz apenas: "Sou a voz q clama no deserto".(...)"

E a minha voz, clama pelo q?
Ótima semana a todos!
Ia'Orana!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

"A boca fala do q o coração está cheio"

Costumam dizer q qndo vc aponta um dedo para alguém, há outros 3 dedos apontados prá vc. Com o tempo e com a vida fui aprendendo q isso é mto certo. Pode reparar!!! Se alguém fala de outra pessoa q ela é inconveniente, desonesta, falsa ou até mesmo feia ou gorda, mtas vzs ficamos espantadas pq a pessoa "acusadora" é a q mais demonstra os mesmos atributos! Na verdade, a própria psicanálise já estudou isso há mto tempo. Sempre q o defeito de alguém nos incomoda, é pq na verdade reconhecemos os mesmos defeitos q estão dentro de nós. Com isso aprendi bastante, como qndo alguém me incomoda mto, ao invés de me voltar contra essa pessoa, reflito melhor sobre o q aquilo quer dizer sobre mim, o q tem me trazido mto mais sabedoria. E qndo alguém (ainda q rarissimamente) me acusa de algo, não me agasto mais com isso, pq na verdade, essa pessoa está querendo pôr prá fora o q há de mais óbvio em si mesma, está apenas me usando como espelho. E quem sou eu prá salvar (quem não quer ser salvo)??

Afinal:
"(...) Mais louco é quem me diz, e não é feliz...
Eu sou feliz!" , já diziam Os Mutantes.

Ia'Orana!

domingo, 20 de julho de 2008

A "Liberdade-Saudade"

Visitei recentemente o bairro da Liberdade em SP, e, como se não fosse emocionante o suficiente conhecer este bairro no ano do centenário da imigração japonesa (sim, admito q sou piegas e amo mitologias e tradições, ainda q não as acredite), tbm era o 30º Tanabata Matsuai (ou Festival das Estrelas). Estava tudo tão lindo, decorado, pessoas pendurando papéis coloridos com desejos escritos em ramos de bambu, enfim, pura emoção de viver uma tradição num "mundo" tão "diferente".

É impressionante como os costumes orientais se diferenciam tanto dos nossos ocidentais. O próprio café-da-manhã no Hotel Matsubara confirmava. Em meio a cafés-com-leite e pães-com-manteiga e/ou geléia, bolos de arroz e sopas.

Mesmo assim, ainda q as diferenças sejam enormes, somos o mesmo mundo. Ainda q tentemos separar as coisas, tudo faz parte de apenas uma realidade: A Q VC VIVE.

Sabe, andei um pouco deprimida depois de andar repensando algumas coisas da minha vida - talvez para ter assunto prá conversar com a terapeuta: passei minha vida toda buscando quem realmente sou??? MENTIRA!! Essa é uma verdade q eu nunca quis encarar de frente! Foi difícil olhar prá mim mesma e me dar conta de q vivi em universos paralelos, onde aquilo q todos chamam de "realidade" se dissolvia completamente e amigos imaginários vinham me visitar, sem q eu me desse conta. Qntas vzs, na adolescência, fui surpreendida pelos meus pais falando sozinha em inglês (claro q meus amigos imaginários são estrangeiros, pq sou mto chique, rss)? E qntas vzs assumi a mim mesma o q estava acontecendo? NUNCA! E derrepente me vejo, hj, tentando digerir esse fato. Tudo aquilo q vivi foi mentira? Os afetos e coisas q conquistei, as risadas, a sensação de amparo qndo eu estava triste, tudo não passou de loucura da minha cabeça?? "Louca!", cheguei a dizer a mim mesma, "certamente já deveria estar num manicômio há mto tempo!!". O louco é sempre o último a saber... E chorei, chorei até poder me esquecer de q metade do q vivi da minha vida eram mentiras q eu mesma criei (criei mesmo?).

Mas o q doeu mais nem foi essa facada em meu próprio orgulho. Foi relembrar de tudo q passei com meu "melhor amigo imaginário", lembrar da vontade de dar um abraço nesse amigo e não poder. Já sentiu saudade do q não existiu? Pois é, dói pacas.

Só q, apesar de tudo isso, acordei no dia seguinte me dando conta q a nossa vida nada mais é do q aquilo q a gente VIVE, seja "real" ou "imaginário", até pq a nossa realidade é aquilo q vivemos no coração. E no MEU CORAÇÃO tudo foi e é real, pq foi a realidade q eu criei prá mim. Não posso negar a mim mesma os personagens q fizeram parte da minha vida, e na verdade, nem sei se quero expulsá-los. Parece q ainda sinto o calor de suas companias, e ainda sussurro algo a eles, mas AQUELE abraço, ainda faz falta...

Ah!! Nem contei a lenda do Festival das Estrelas! Vou tentar resumir: Orihime (representada pela estrela Vega) se casou com um rapaz (a estrela Altair) mas de tão apaixonados, deixaram por fazer suas tarefas normais. Então, o pai de Orihime, um poderoso deus do reino celestial, determinou q eles vivessem separados e só se reencontrassem uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês, mas apenas se seguissem suas tarefas no resto do ano.

E assim é o Tanabata Matsuri: todos comemoram o encontro da estrela Vega e da estrela Altair através da Via Láctea. E acho q por conhecer a lenda, toda a festa q assisti se tornou ainda mais bonita. É difícil acreditar q 2 estrelas "apaixonadas" esperem por um ano inteiro para se encontrar, não é? Bem, isso no q chamam de "mundo real". Q grande ilusão: real é o q vivemos, por dentro ou por fora de nós, ainda q não condiga com a opinião alheia.

E assim vivi, amei, aprendi, chorei, busquei, existi. Ainda q em meu Universo Particular.

E ainda ganhei 2 novos amigos: Vega e Altair. Tem coisa melhor?

Ia'Orana!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Enfim, saí da Sibéria!!

Enquanto uns se agastam com minha pessoa, minha vida segue em frente e prá cima, de forma melhor do q eu poderia esperar...

Deus é bom, mto bom. Como eu costumo dizer, ele é tão bom q às vzs me deixa entrar - eu q nem mereço - na área VIP dEle.

Não preciso mais de linha prá discar e blogar. Tenho banda larga. Veio assim, hj de manhã, quase q não esperada ou desejada na minha vida! E tem tantas outras coisas me acontecendo, se desenvolvendo pra resultados tão bons q quase posso sentir um sol bem aqui, entre meus braços, posso até sentir seu calor!

Por isso gosto tanto do Espiritismo. Além de ser uma fé raciocinada, ela tbm nos promete (assim como o próprio Espiritismo foi prometido pelo Cristo como Consolador) q um dia na face da Terra só haverá pessoas de bem, q vão se ocupar apenas em fazer e pensar no bem do próximo. E assim alcançar êxito tbm.

Ia'Orana!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Fim da linha

Não, ainda não é desta vez q desisto desse blog. A questão é mais técnica do q qualquer outra coisa. Eu fico aqui, com um turbilhão de coisas prá botar no blog... Mas estou sem internet. :/ Então vou anotando, anotando... A linha em questão é de telefone mesmo. Sem telefone, internet discada nem pensar, né... Fazer o q? Um dia eu saio da Sibéria. ;)

Bjks a todos com paciência prá ler esse blog e continuem comentando, q eu vou dar um jeitinho de ver como as coisas estão...

Ia'Orana!

P.P. (Prá Pensar): "O que preferes: a loucura sábia ou a sanidade tola?" (Dom Quixote)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

E o pássaro volta a cantar...

Hj acordei com uma sensação meio ambígua. Por um lado, sinto uma espécie de amnésia, uma repentina sensação de q não lembro o q aconteceu nos últimos anos, principalmente qndo lembro q estou prá completar 28. Por outro lado, sinto uma sensação de liberdade q há mto tempo eu não tinha. O fato de ter estado numa festa e ter me divertido, apesar das restrições auto-impostas (ou não), apesar de não ter tido a compania do Mr.G, me fez sentir ainda mais forte. Comi o q dava pra comer (difícil encontrar algo num "arraiá" q não tivesse carne), bebi o q dava pra beber (nem uma gotinha de um vinho perfumadíssimo por causa dos remédios q tomo, só refri e água), e enquanto a filha mais velha se enturmava com as outras crianças da idade dela, dancei bastante com a caçula, já q Mr.G não dança comigo em festas, e ainda o observei dançar com outros amigos. Ao chegar em casa, todos os amigos compartilharam as fotos do evento como foi possível, e aí me dei conta de q não há, entre as milhares de fotos tiradas de máquinas diferentes, uma única foto minha com Mr. G. Meio triste, não é? Qualquer um acharia. Mas depois pensei bem, e algo parece q se libertou em mim. Me senti mais forte, por não ter q implorar pela compania dele durante a festa, e ter me divertido mesmo assim. Ao mesmo tempo q deu pena dele. O q o leva a fazer com os outros coisas q ele se nega a fazer comigo? Ter de parecer agradável??

Sabe, hj eu estou mto feliz por não ser assim. Só hj me dei conta q casei com o alter-ego da minha mãe: uma pessoa mto acima do peso, sempre preocupada com o q os outros vão pensar, e sempre pronta prá me controlar. Coincidência?... Gente, eu precisei de 9 anos e quase 3 meses de terapia prá enxergar isso?!

Me sinto livre da armadilha q armei contra mim mesma. Não preciso me fazer amável aos outros prá ser amada por mim mesma. E não sinto ciúmes ou raiva do Mr.G. Acho q estou com um pouco de pena dele agora. Pq não deve ser nada fácil viver tentando agradar a gregos e troianos. Eu não tenho essa pretensão talvez por pura preguiça... E agora não pretendo ter por decisão MESMO.

Me sinto livre... Prá q mudar?...

Ia’Orana!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

E o pássaro voltou...

...Ele só não pôde cantar antes por problemas tecnológicos (banda larga faz uma falta...).


Necessidade de parar e pensar... Já estou cansada disso. Minha necessidade agora é de trabalhar... Me apaixonar por algo, um projeto, não sei...


Hj tenho terapia. Quem sabe não saio de lá com mais respostas?...


Ia'Orana!

domingo, 1 de junho de 2008

(sem título)

Havia um pássaro dentro de mim q se calou.

Não sei o porquê, mas se calou e voou prá longe - um longe prá bem dentro de mim.

Talvez tenha ido buscar algo... Talvez esteja assustado (talvez com a terapia) e resolveu se esconder...

Não sei, só sei q sinto falta dele e volta e meia me debruço na Janela da Vida esperando q ele volte...
É só uma questão de tempo...

Ia'Orana!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Olhando para trás

Peguei meu diário prá tentar pô-lo em dia, e me deu o impulso de ler o q acontecera desde o começo do ano. Onde foi q tudo começou?...Parecia q em 2007 eu vivia uma vida completamente diferente da q eu vivo hj. Sim, já era neurótica, mas começando a encontrar a paz... E o q aconteceu, onde foi q tudo mudou?? Teve o início da perturbação no meio de fevereiro, a crise maníaca no início de março, a angústia, a confusão mental... E derrepente me vi quebrando coisas, me levando à emergência psiquiátrica, a falta de controle de mim mesma... Por mtas vzs eu penso em parar de tomar os remédios. Penso q derrepente eu não tenho nada e estou me enchendo de remédios à toa. Mas sinceramente, tenho medo de voltar ao mesmo caminho q percorri até agora, e é esse pensamento q me leva a engolir os 7 comprimidos diários. Na verdade, reler tudo q passei esse ano me lembrou de como eu estava lidando com minhas borboletinhas e como está meu relacionamento com elas agora... Nossa qualidade de vida... Só o Mr. G q ainda não me entende mto bem, mas... Não perdemos as esperanças.

Sinceramente: tomar tanto remédio é chato prá caramba. A fluoxetina está acabando com meu sistema digestivo, mas prefiro pensar q pelo menos vou perder os quilos q ganhei qndo estava em crise... E apesar do sono, o meu ânimo está realmente voltando. Mas é tomar um remédio prá rebater outro, q rebate outro... No q estou me metendo? Q ciclo é esse??

E, o q mais me incomoda: qndo vou finalmente aprender a amar???
(questões para a próxima sessão de terapia...)

Ia'Orana!

http://www.opiniaoenoticia.com.br/interna.php?id=16285

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Tente outra vez"

... enquanto há medicina!

Consegui falar ontem com minha psiquiatra. Relatei a m... de vida q estou tendo, ela perguntou se já tomei algum antidepressivo na vida (e eu recapitulei os desastres q foram minhas experiências com a sertralina e o citalopram) e receitou a fluoxetina, q peguei no posto mesmo. Mais 2 semanas de mto sono, ai meu Deus... Pensando bem: ai meu Deus, q não sejam em vão!! Já bastam as péssimas experiências com outros medicamentos do gênero...

Agora são "só" 4 comprimidos pela manhã, q blza: Ácido Valpróico, Rivotril, Fluoxetina e Anticoncepcional... :/

Mas vamos lá, ainda há esperança, ainda q o fundo do poço te transforme num "monstro-isento-de-amor-no-coração" (tem quem pense assim), vc ainda pode sair do fundo do poço!!!

Ia'Orana!

P.S.: curiosamente, qnto mais sou medicada - e teoricamente deveria "sentir" menos coisas - mais minha sensibilidade espiritual fica aflorada. Será q o transtorno "oculta" algo?...

Same Mistake (James Blunt)

http://www.youtube.com/watch?v=b3c32wBYdU0

Então, enquanto me viro nos lençóis
E, mais uma vez, eu não posso dormir
Caminho até a rua
Olho as estrelas sob meus pés
Recordo de justos que tratei mal
Então, aqui vou eu
Olá, olá
Não há nenhum lugar que eu não posso ir
Minha mente é enlameada mas
Meu coração é pesado, ele mostra
Eu perco a trilha que me perde
Assim aqui vou eu
Oh...
E assim eu mandei alguns homens à luta,
E um voltou no meio da noite,
Disse “Você já viu o meu inimigo?"
Disse "é muito igual a mim"
Assim eu parti para cortar a mim mesmo
E aqui vou eu
oo oooooo ooo ooo oo oooo... (3x)

Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz
Me dê a razão, mas não me dê a escolha,
Porque eu farei apenas o mesmo erro outra vez,
oooooo ooo ooo oo oooo...

E talvez um dia nós nos encontremos
E talvez iremos conversar e não apenas falar
Não cobrar as causas das promessas
Não há nenhuma promessa que eu mantenho,
E minha reflexão me incomoda
Assim aqui vou eu
oo oooooo ooo ooo oo oooo... (3x)

Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz,
Me dê a razão, mas não me dê a escolha,
Porque eu farei apenas o mesmo erro

Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz,
Me dê a razão, mas não me dê a escolha,
Porque eu farei apenas o mesmo erro outra vez
oo oooooo ooo ooo oo oooo... (3x)
oo oooooo ooo ooo oo oooo..

Assim enquanto eu virar em meus lençóis
oo oooooo ooo ooo oo oooo..
E uma vez outra vez, eu não posso dormir
oo oooooo ooo ooo oo oooo..
Caminhar, abrir a porta e sobre a rua
oo oooooo ooo ooo oo oooo..
Olhar as estrelas
oo oooooo ooo ooo oo oooo..
Olhar as estrelas, caindo
oo oooooo ooo ooo oo oooo..
E eu quero saber aonde,
oo oooooo ooo ooo oo oooo..
Eu errei.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O q mais dói...

... é a depressão invadir cada vão do seu ser e não haver motivo nenhum prá isso...

... e vc se sentir ingrata com Deus pelas coisas maravilhosas q ele Deu e vc não conseguir retirar alegria...

... e sendo assim, vc não conseguir evitar...

... e não conseguir tbm evitar magoar pessoas q vc ama.

Ia'Orana!

Confesso (Ana Carolina)

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz
(Refrão)
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais
(Estribilho)
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais
(Refrão)
Aaaaaah...Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais
(Refrão)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Desabafo

De certo q qndo entramos nesse mundo cibernético, tudo sai do nosso controle. Por mais q pensemos q tudo esteja sob controle.

Qndo iniciei esse blog, minha idéia era escrever tudo o q vinha na minha mente, doesse a quem doesse, mas não com a intenção exata de ferir ninguém. Só a de me expor (demasiadamente, até), mas expor exclusivamente a mim mesma.

Claro q no primeiro dia do ano, qndo montei o blog, eu não imaginava o q o ano pretendia prá mim; todas as crises, reviravoltas, enfim... Mas eu sou grandinha, sei lidar com isso. Com o q não sei lidar, jogo no blog. E até aí tava tudo bem, pensando proteger os q me são queridos usando apenas iniciais.

Mas... Tem aqueles q me conhecem de verdade, de carne e osso... E acabam tendo acesso a esse meu mundo interior através do blog (não os culpo, afinal, fiz o blog prá q?), e acabam ligando as iniciais às pessoas q pretendo proteger, o q pode dar em vários mal-entendidos... As vzs o silêncio dos comentários nos ilude de q estamos num lugar seguro e bem distante da web, q ninguém nos ouve...

Dos mal-entendidos q se fizeram (SE se fez algum), o único q eu me sinto obrigada a desfazer é em relação àquele q comigo convive e a quem eu tento proteger a identidade. TUDO q foi escrito nesse blog - e será - tem relação a MIM, aos MEUS sentimentos, MINHAS crises, MEUS conflitos. Sentimentos conflitantes surgiram dentro de mim, e como expressá-los? Usei o blog, q prá mim não era lido, prá explorar e quem sabe exorcizar sentimentos q extinguiam minhas forças (e talvez ninguém saiba como é difícil odiar alguém q se ama, por mais q se tente evitar).

Aí, qndo tudo estava mais ameno (obgda, terapia!), ele - Mr.G - decide ler o blog (q nem lia) e se magoa com o q lê, pq "falaram" daqui ou dali (ou interpretaram, sei lá - talvez ele nem tenha lido de verdade e eu já estou pouco me lixando)... Bem, os loucos e grandes artistas sempre foram incompreendidos ao longo da História, então só posso me sentir lisonjeada, sendo a escrita tbm uma forma de arte (ainda q usada de forma quase "jornalística"). Na verdade, a compreensão nunca foi lá mto minha companheira ao longo da vida, sempre fui polêmica por causa disso, sei q não vai ser diferente agora... E no tempo em q não fui polêmica, parte de mim estava morta. Descobrir o meio-termo continua sendo meu objetivo principal, e talvez eu use o blog, talvez use outros meios pra conseguir esse objetivo. A única coisa q sei é a de q não uso o blog prá fazer queixas de nada nem ninguém, a não ser ao q se refere a mim mesma.

Pensei em montar outro blog, mudar de endereço, adotar outro nome. Vai adiantar? Não sei. Mr. G. q vai decidir se ele vai se sentir mais protegido se eu assim o fizer. Qnto ao referido a mim, "Non je ne regrette rien"*. Continuo com a idéia estúpida e estapafúrdia de me expor demasiadamente - contanto, claro, q não exponha a outros q não mereçam ou queiram.

Amor ou Ódio? Ora, a humanidade ainda não compreendeu q andam de mãos dadas? A Indiferença sim, é o maior antagonista dessa dupla...

Será q vc entenderá agora, Mr. G.?

Ia'Orana!
*(referente a um dos sucessos de Edith Piaf, quer dizer "Não me arrependo de nada")

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Um voto de confiança...

... na psiquiatra...
... na psicóloga...
... no estabilizador de humor e no calmante...
... nos planos q parecem q as vzs não se cumprirão...
... nas viradas de humor q trazem lágrimas abundantes...

Estou menstruada, gente! Nem tudo é bipolaridade!! :D))
(Mas q é um saco, é um saco. E ainda tem uma virose doida prá acompanhar...)

Ia'Orana!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Terapia comigo e "sem-migo"

Como a subserviência me irrita!! Ainda q seja da minha própria mãe em relação à mim mesma.

Será q estou prestes a entrar em crise denovo? Não sei, às vzs tudo parece rodar à minha volta... Uma roleta tipo programa Silvio Santos: "olha lá, vai parar na euforia!!!", ou "oh, q pena, parou na depressão, mas vc ainda pode ter outra chance...". Hj, via messenger, mandei um amigo de infância se danar (mas, aqui entre nós, ele bem q mereceu - alias, tava merecendo já há mais de 10 anos...). Minha vontade era fazer o mesmo pela minha mãe à tarde - mas não foi por mal. Ela simplesmente esqueceu de q o trabalho dela já acabou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ela é uma mulher de coração enorme (e pela manhã eu estava ensaiando mentalmente um poema prá fazer a ela pelo dia das mães), mas não consegue enxergar a mim e ao meu irmão como indivíduos adultos. E como eu ODEIO isso!!!!!!!!!!!! Pq ela não dá a volta por cima e decide viver a própria vida?? Resolvi ligar a ela prá dizer isso com a melhor das intenções, mas vcs sabem q disso o inferno está cheio - já viu no q deu.

Talvez todo meu ódio se refira ao meu próprio espelho. Olho prá ela e possivelmente me vejo. Apesar de todos os meus "pseudo-esforços" em ir na contra-mão, me tornei um repeteco da sua vida. Sou a dona-de-casa q ela sempre vomitou na minha cara q eu me tornaria (contrariando meus desejos e planos). E não consigo sair disso. E agora ainda têm os problemas mentais. A dificuldade de lidar ao mesmo tempo com medicação pesada e a vida de filhos seus... E eu simplesmente não quero me ver paparicando minhas filhas já adultas, não quero q isso se repita comigo!! Quero respeitar e ser respeitada por elas, mas não quero subserviência, nem de lá, nem de cá. Talvez isso explique tudo...

Hj na terapia, cheguei a duas conclusões q talvez se entrelassem. Primeiro q eu não aprendi - através de exemplos - como expressar afeto. Então tudo q eu fiz e parei pela metade na vida só foi feito enquanto eu era a melhor da turma, e depois abandonado, pq eu queria mostrar a alguém (certamente meus pais) q eu era capaz. A outra conclusão foi q, por causa dessa dificuldade de lidar com o afeto (q, graças a Deus, não afeta minha relação com minhas filhas), estou tendo problemas com meu marido. Meus sentimentos de amor e ódio oscilando por ele estão acabando comigo, e eu não sei o q fazer com tanta intensidade. E eu me sinto perdida.

Vou tentar tomar um rivotril e dormir, enquanto Mr. G. não chega...

Ia Orana!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A chama que me chama

Está ela em todos os lugares, como se nunca tivesse estado presente na minha vida. Me persegue como quem quer dizer alguma coisa, mas não sabe bem como dizer. O que quer de mim, Música, se conheces minha alma como ninguém mais (nem mesmo eu)? Sabes que dou minha vida a ti, é só pedires - q missão tens para mim?...

Há algo tão entranhado em meu coração que não consigo trazer pra fora. Mas dessa vez não são mais minhas frustrações abafadas, mágoas, rancores retidos. São apenas... Música! Como mensagens que a gente recebe e tem que repassar ao seu destino com certa eficiência. Pensei em voltar a compor, mas não sei, tem muito tempo que não o faço; talvez nem eu lembre como fazê-lo, rsrsss... Gosto mesmo é de cantar o que vem na alma de alguém, ainda que esta alma não seja a minha. Essa paixão vem acima da minha capacidade de (re)compor minha vida - musicalmente falando.

Tenho visitado muita gente bacana, inclusive compartilhado uns pianos legais - pelo menos enquanto durmo. Teve o sonho com a Elis no dia do aniversário dela (esse dia foi inesquecível) e anteontem sonhei com varias mães (encarnadas e desencarnadas), lideradas por Cássia Eller e Elza Soares, cantando uma canção tão linda, mas tão linda, q eu não conseguia acompanhá-las de tanto chorar. Chorava aos cântaros, e as lágrimas pareciam não ter fim e nem destino, eu simplesmente sentia minha garganta assim, embargando, e a música assim seguia. Era uma canção de melodia impressionantemente linda que falava sobre a missão de ser mãe e fazia analogia entre a vida da mãe moderna com a vida de Maria à época de Jesus, tudo o q sofreu, etc. Acordei tão impressionada com a canção que corri pro computador buscar a letra dela com alguns trechos que eu me lembrava, ainda zonza de sono, como "ser mãe é se calçar de luz", entre outros versos que não me vêm agora. Aí sim, me dei conta de que Cássia Eller (nem ninguém) nunca compora neste mundo uma canção como aquela. Seria missão minha então trazê-la para o conhecimento dos terráqueos em si? Acho que não, porque não consigo mais lembrar da música, infelizmente (apesar de meus olhos se encherem d'água só de pensar nela). Mas pensei muito em tentar reescrevê-la. Qual seria a autoria? "Dannie Machado/Mundo Espiritual", o que acham?? hahahaha... Só sei que tenho tido cada vez mais encontros mais intensos, musicalmente falando, enquanto durmo. Com que objetivo? Ainda não sei...

Queria saber do que a música precisa de mim... Já que dela eu preciso prá ainda ser um ser-humano vivo...

Ia'Orana!

sábado, 19 de abril de 2008

O choro e o riso

O choro é inerente ao ser-humano. O choro de alegria, tristeza, de dor, de emoção... O choro pelas coisas indescritíveis e pelas coisas inexplicáveis. Pois bem, o q é o choro?

O q sou eu, o q é vc, o q é a realidade? É real o q vivemos? É real o q vc vê ou o q eu vejo? É real essa luta q travo comigo mesma (ou com os medicamentos), ou sou eu q prefiro assim?

Às vzs acho q estou tão bem (mas tão sonolenta) q talvez tenha sido tudo criação da minha cabeça, q não tenho transtorno nenhum, q não há nem nunca houve "monstros no armário", e q esses remédios são inúteis e só servem prá me tornar imprestável. Pq tive q tomá-los pela manhã, e simplesmente não consegui administrar (como costumo fazer com desenvoltura) uma turma de uns 20 alunos de 8, 9 anos por estar dopada demais. As coisas saíram do controle e eu odeio isso. Parti logo prá casa prá pegar minha mala e subir a serra, me juntar aos meus (e esperar por mais do meu prazer em observar meus fracassos).

Me despedi das outras evangelizadoras da equipe e fui me dirigindo à saída. De cara, uma aluna nova trouxe, discretamente, uma singela florzinha branca (q de certo apanhou no jardim do CE). Isso me fez sair sorrindo, e talvez por isso, outras crianças me acompanharam até o portão. Eram umas 4 ou 5 q pararam a brincadeira prá se despedir, me abraçar, e até ameaçar vir embora prá casa comigo, rs... Fiz piada, todos riram, e diante da minha ordem simpática, todos voltaram-se prá dentro novamente. Fechei o portão e olhei de novo prá florzinha branca na minha mão. Me fez pensar: o q é o choro? O q é o riso? Podia continuar rindo da alegria q as crianças deixaram em mim. Ou chorar de emoção. Eu podia tentar novamente colocar meu piercing novo e rir da dor de conseguir o visual q queria, ou chorar com o fracasso sem dor.

Eu poderia não estar escrevendo agora... Mas estou.
Como há tempos eu não fazia, enquanto medicada (erroneamente).

Emoções são emoções - o problema é qndo elas conseguem te machucar e machucar demais outras pessoas.

Acho q finalmente achei a diferença entre o "normal" e o "bipolar".
E, não: não vou parar de me medicar. Afinal, todo o sono e azia vão passar... E só o melhor de mim vai ficar... Tenho certeza.

Ia'Orana!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

E, hj eu tô deprê...

(em total contrapartida com o post de ontem - mas péra lá!! Eu sou bipolar, né? Me deixa...)

Hj foram todos serra acima prá prestigiar o casamento do meu cunhado. Não fui hj pq tenho meus compromissos no centro espírita (e amanhã é dia de reencontro com minha turminha da evangelização - por menor q seja o valor q o resto da população dessa casa dê). Na verdade, nem eu sabia se eu ia querer subir a serra mesmo. Não sei. Sabe aqueles dias em q vc prefere o cachorro a qualquer um da raça humana?? Pois é... E tbm pq, pela manhã, na hora de fazer as malas, eu tava em alfa por causa dos remédios. Mas lá foram todos, felizes. E eu tbm pensei q ficaria, afinal sempre quis um dia inteirinho assim, com a casa só prá mim (mas, sinceramente, eu a queria pelo menos arrumadinha). Mas, no entanto, apesar da privacidade (e talvez por causa das manchetes das quais tenho fugido nas TVs e rádios), um vazio tomou conta de mim. Não mais aquele vazio assustador, q parece mais um monstro do armário do q um vazio. Não, na verdade era aquele tipo de vazio q vai chegando devagarzinho e se instalando, fingindo ser seu amigo e tudo... E tudo q deixa é devastação. Saí do CE e fui então a um centro de consumismo - leia-se mercado - com a intenção de comprar pão (pq senão eu não sairia de casa nem prá isso). Mas fui advertida pelo telefone de q o G. tinha comprado e posto não-sei-onde. Então tá. Fui "olhar as modas", como diziam minhas avós, minha mãe... Acabou a paz. Nem sabia como eu ia estar amanhã prá subir a serra, mas já comprei um piercing novo prá substituir um, comprei outro prá fazer outro furo na orelha, entrei na farmácia e me deliciei na seção de cosméticos, com tantas e tantas coisas tentadoras (pelo menos deu prá esquecer um pouquinho do sono, da solidão de casa, das roupas q não cabem mais, da maquiagem q me dá alergia...). E entre tentações e juízos, comprei sim, uma penca de coisas q nem sei como vou esconder do G. (ah, nem corro mto perigo, ele não lê isso aqui mesmo...). Bem, talvez um dia ele ache, e ache até graça, mas certamente ver isso tudo aqui em casa agora não será nada engraçado. Assim como não foi prá mim ao constatar o valor na caixa registradora.

Mas afinal, já aqui em casa: será q eu REALMENTE precisava comprar isso tudo mesmo??...

Será q um dia vou conseguir responder essas perguntas prá mim?...

Ia'Orana!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Passando a limpo

Hj foi até um dia bem produtivo. A única coisa q não consegui foi passar meu celular pro meu nome com meu pai mas, sinceramente, já sabia q não conseguiria (pendências no Só PContrariar, sabe como é). Tirando isso, consegui ir à consulta com a psicóloga, ir ao posto médico pegar o valproato (q pro meu desespero só tinha pra hj, até o final do dia - e ainda ganhei ainda mais clonazepam "de brinde"), e ainda deu tempo de ir ao shopping só pra ter certeza de q não está à venda o livro da escola da caçula nos megastores (poxa, e eu q tenho cartão de desconto em um deles...). Pelo menos descobri tbm q o livro do Diogo Lara ("Bipolaridade e Temperamento Forte") não esta à venda nas redondezas, ou seja, uma tentação à menos pros gastos...

Mas a consulta com a psicóloga foi mto boa e produtiva - de forma q eu não imaginava q poderia ser. Acabei chegando a pontos da minha vida q eu já tinha varrido prá debaixo do tapete, apesar de razoavelmente recente. Mas foi bom processar essas coisas. Cheguei à conclusão de q não sou e nem fui vítima da vida, q eu posso ter buscado problemas prá poder "sentir mais emoção", em meio a um tédio q a princípio não consegui detectar. E o melhor de tudo: saí RECONSTRUÍDA. Tive q buscar o caos, me desconstruir prá reconstruir, tudo pq do jeito q eu estava era insuportavelmente estruturado, e tudo q eu queria era "bagunçar o coreto" prá arrumar o q fazer. E não precisou ninguém prá me dizer isso não, a dra. simplesmente foi me fazendo me questionar e as respostas foram surgindo, até mesmo de coisas q eu já tinha relatado minutos antes. Nusssssssssa, melhor q consulta de búzios, tarot, astrologia juntos!!! Saí de alma lavada... Parece q posicionei o primeiro tijolinho da minha "construção". A construção do "quem eu sou"...

Não sei, mesmo tendo tomado o valproato à tarde mesmo (mesmo com o medo de ficar "caindo pelas tabelas" de sono), me senti revigorada. Daí a despirocada de sair pelos shoppings afora buscar os livros q a S. necessitava e de q me interessavam. E apesar d'eu ainda estar ciclando bastante ao longo do dia, meus sentimentos estão menos bagunçados. Já não "odeio" tanto o G. Pelo contrário, finalmente acho q meus sentimentos estão se "aclarando". Mas tbm, não sei se tbm tem a ver com o sono hipnotizador q tenho sentido desde q a psiquiatra adicionou rivotril ao tratamento na 2a. feira... Mas vou suportando, afinal, é ela, a Esperança, a última q morre!

Ia'Orana!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Back home again...

Infelizmente, uma dengue me derrubou. É, a situação do Rio não tá nada fácil... Mas até q dos casos q vi por aí, meu casos não foi tão grave. Só atípico, com sintomas diferentes dos fartamente divulgados.

Acabou q com isso, tive q interromper o uso do ácido valpróico. Ah! Claro... Nesse meio-tempo, retornei à médica q me atendeu no dia 25 como orientado, e ela tinha aumentado os comprimidos da noite prá 2 (e se ainda estivesse mto angustiada, tomar 2 à tarde tbm). Não achei ruim pq, diferente do ocorrido com outros medicamentos, eu me adaptei rapidamente ao ácido valpróico. Com 1 semana de uso, o sono já tinha amenizado mto, e eu estava mto tranquila, meus relacionamentos pessoais estavam mais tranquilos, minhas idéias mais organizadas, a ponto de eu tomar atitudes mais ponderadas. Senti como reencaixada à minha própria vida, finalmente tomando um remédio q não me fazia me sentir pior (mas tendo q tomar pq era o tratamento padrão de transtornos mal-diagnosticados). Mas aí veio a dengue, com suas pintinhas coçantes e tudo mais, e pelo escrito na bula, decidi ser melhor suspender o ácido valpróico.

A princípio fiquei bem. O problema é q os problemas vão reaparecendo aos poucos. Com 3 dias sem o ácido valpróico, comecei a notar o retorno da ansiedade. A angústia vai aparecendo aos poucos, atrapalhando o sono, uma sensação avassaladora de vazio q surpreende em momentos sem nexo nenhum... A compulsão por arrancar os cabelos pelo menos ainda está quietinha, mas temo por outra crise, como a q me levou à emergência psiquiátrica - consulta na qual não mostrei a área devastada do couro cabeludo por medo de internação. Aliás, todo dia é um dia mto difícil prá esconder os estragos da tricotilomania. Como forma de tentar aumentar as esperanças, procuro fazer massagens nas áreas mais afetadas, prá tentar estimular os cabelos a crescerem mais rápido. Mas é difícil se olhar no espelho, principalmente qndo se gosta tanto de colorir e embelezar o cabelo.

Tenho lido mta coisa sobre bipolaridade, inclusive "Uma mente inquieta", escrito por uma doutora bipolar. Nossa, como me identifiquei!!! É incrível, parecia eu ali, com todas as situações estapafúrdias q tentei amenizar com o passar dos anos... Apesar dela parecer ter fases mais maníacas q eu (pelo menos ao longo da vida - eu tive mais fases depressivas até aqui, mas hj, talvez pelos antidepressivos tomados anteriormente, estou mais maníaca). Mas as sensações são bem parecidas... Nas comunidades Orkut afora tbm. Parece q eu me entendo agora, entendendo aos outros. Isso sim, tranquiliza mto...

Mas é isso. Agora estou apenas repousando, mas os efeitos da dengue já passaram (rápido, até, talvez por procurar ajuda médica logo no começo). A partir de amanhã é q viro estatística - vou fazer sorologia prá dengue no setor de epidemiologia do hospital q me atendeu. Tbm tenho encontro com o psiquiatra (na verdade, uma reunião de apresentação). Depois de recuperada, pretendo iniciar uma dieta urgente: ganhei 5 kgs de tanta água e comida q me empanturrei - aí, já não foi a dengue, mas a ansiedade.

Ia'Orana!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ia'Orana e seu significado

Acordei às 7:30. A decisão tomou conta de mim. Tomei banho vagarosamente enquanto a casa dormia, e a caçula acordou. Por volta das 9, a ansiedade já tomava conta e eu, ainda relutante, acordei o G. - queria sair sem ter q dar explicações, eu ficaria ainda pior. Avisei q ia na emergência psiquiátrica e ele só disse "tá, mas chega antes de meio-dia q eu tenho q trabalhar...".

Ódio. Saí de casa entre lágrimas, mas aos poucos a raiva pela indiferença do G. foi amenizando. Já não havia mais medo, nem ansiedade como em consultas costumeiras. E ao chegar lá, fui logo atendida, já q não havia ninguém à espera.

Entrei no consultório. A dra. parecia séria, mas tentava ser simpática (apesar de, nesse momento, não me importar mto). Qndo liberada a falar, "desabei" - a própria dra tinha dificuldade de me acompanhar e toda hora pedia um instante, pra eu recapitular o q eu estava falando. Eu falava rápido, entre lagrimas abundantes. Me senti novamente em terceira pessoa e, sinceramente, ao sair do consultório, eu ja não fazia idéia do q exatamente eu havia falado. Só sei q havia falado mto.

Rapidamente, já quase no final da consulta, me lembrei daquele costume q eu tenho de observar as anotações dos médicos (por mais q alguns evitem), mas nem precisei me esforçar mto: além do termo "Transtorno de Humor" estar bem destacado na ficha, a própria dra. revelou. Receitou Ácido Valpróico e pediu prá voltar no sábado prá reavaliar. Disse q, apesar do medicamento demorar mais ou menos 1 mês prá fazer efeito, eu precisava desse intervalo curto prá reavaliação pq meu humor estava ciclando rápido demais. Tava tão na minha cara??

Ao menos, cheguei em casa aliviada. Desde o começo do mês eu já estava angustiada, entre o planejar dessa visita ao posto médico, e o achar q já estava melhor e não precisar ir. Fora as tentativas de me tratar no hospital perto da minha casa... Pelo menos não preciso mais esperar prá ser avaliada (não q eu tenha desistido do tratamento do hospital, absolutamente!). E botei prá fora tudo q tava me incomodando; minhas angústias, minhas dúvidas, minhas crises de raiva, de indiferença prá com o mundo... E mais uma vez, me lembrei das minhas filhas. Elas estavam lá, na minha cabecinha, enquanto eu me encaminhava pro posto. Elas não mereciam mais q eu as tratasse como eu estava tratando. E isso tbm me torturava. Finalmente, ao chegar em casa, consegui expressar afeto pelo meu marido. E chorei ainda mais. Eu realmente andava sendo uma "cadela sem sentimentos". Ele tbm não merecia.

O alívio em casa foi tão grande q quase deixei o remédio pra lá (ah, o poder do desabafo). Mas no começo da tarde começou a angústia de novo, o impulso de mexer novamente no cabelo, e gritei prá mim mesma "Chega!". Fui levar as crianças na escola, pagar umas contas, aproveitei q o remédio era baratinho e comprei logo. Tomei o primeiro comprimido na porta da farmácia já. É, o desespero tinha voltado, mas dessa vez, justificado: o desespero pela estabilidade.

Então é isso. O diagnóstico q eu desconfiava havia já certo tempo (e renegara por anos) era verdadeiro. Sou bipolar. Não muda mta coisa, além do próprio auto-conhecimento. A princípio, ter q tomar um remédio q me dá queimação 3 vzs ao dia (tive q programar o celular pra me lembrar; os outros eram só uma vez por dia), o Rivotril ainda está liberado prás noites de insônia ("Mas duvido q precise, pq o Depakene costuma dar mto sono", disse a dra.), e voltar no sábado. Pelo menos agora tenho um percurso pelo qual seguir. Antes estava totalmente perdida e angustiada. Agora a angústia já tem seu destino certo (e eu realmente desejo, do fundo do coração, q eu não tenha q trocar mto de medicação, pq realmente, pela minha experiência, é um saco!!).

Ia'Orana! (eu nunca contei, mas essa expressão quer dizer "Viva Bem" e é uma espécie de saudação generalizada no Taiti)

segunda-feira, 24 de março de 2008

O Nada

Droga. Mais um dia instável. Pensamentos dos mais distintos dando voltas e voltas na minha cabeça, não consigo focalizar nenhum. Prá dizer a verdade, estou me sentindo uma droga. E estou tentando a melhor forma de resistir à sedução das drogas propriamente ditas, com suas promessas de manter minha cabeça legal, desfilando suas tarjinhas-pretas dentro da minha bolsa...

O pior são as contradições: olhar prá cara de um sujeito e querer martelá-la de ódio, ao mesmo tempo em q subo pelas paredes. Maldita ovulação inútil!! Pq diabos eu esqueci de comprar minhas pílulas????????...

Me sinto uma droga, um peso pra família, um nada. Pensei q estava fazendo meu melhor, me esforçando ao máximo, acordando de madrugada prá realizar os desejos alheios... Esse orgulho me enchia de alegria (ou será q era hipomania mesmo?...)! Daí, me jogam na cara sem nenhum pudor "vc não faz nada!"... Vou fazer o q então? NADA!! Na-di-ca. Greve total! Zero! Niente! Vou até deixar de existir, se possível (mas nada suicida - não cheguei nesse nível não)...

Espero então satisfazer a fantasia alheia de me ver fazendo nada...
Ia'Orana!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Sou o Pouco que Restou

(De Silvana Duboc)


Eu pensava que eu era de um jeito
correto e perfeito.
Eu achava que eu andava pela direita
mas descobri que ela é tão estreita
que meus passos não cabem dentro dela.
Eu me imaginava como uma aquarela
demasiadamente colorida,
eu achava que na minha vida
só existia o sol ardente
mas, eis que de repente,
descobri que sou tristeza e amor,
sou alegria e dor,
sou ferida mal curada,
sou adorada e desprezada,
sou doce, sou amarga.
Sou um pouco do que eu mais queria ser
e muito de tudo que não consigo esquecer.
Sou continuação e retrocesso,
sou pouco, sou excesso.
Sou várias numa só,
sou um laço, sou um nó.
Sou de muitos e de ninguém,
sou um "mas", sou um "porém".
Sou inteira e sou metade,
superior e igualdade,
sou prisão e liberdade,
sou letras espalhadas
e palavras entrelaçadas.
Sou uma história mal contada,
mas quem de nós não é?
Eu caio e fico de pé,
eu sou como a vida quer.
No claro eu perambulo
e caminho pelo escuro,
eu me rasgo e me despedaço,
eu me abraço e me afasto.
Eu me quero bem,
eu me sinto um ninguém.
Eu ouso sem pensar,
eu minguo sem parar.
Sou grande, sou pequena,
sou um estádio, uma arena,
sou mais veloz que um avião,
sou rebelde sem noção,
sou pura emoção.
Sou fogo e sou água,
sou cura e sou praga,
eu sou uma estrada
que nunca ninguém atravessou.
Sou o pouco que restou
de tudo que alguém me roubou.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Uma noite com Elis

Subi ao palco revendo na mente a canção q ia cantar. Era um concurso de talentos ou coisa assim, e eu pretendia cantar uma música fácil, acho q da Wanessa Camargo. Ate q uma jovem q ia cantar antes de mim estava sendo entrevistada (ou conversando no backstage) e falou q havia relação de aparência física com seus dons musicais, ou seja: seu talento seriam conforme seus traços parecerem com deste ou daquele cantor. Logo recordei da época em q fiz teatro amador, qndo me chamavam carinhosamente de "Elis" por parecer com ela. Pensei e disse: "ah, se é assim, então vou cantar outra música..."

Peguei o microfone com firmeza e auto-confiança. Logo abaixo, no backstage, estava ela, a própria Elis Regina, me incentivando e cantando comigo, daquele jeito característico dela. Cantamos uma canção juntas (q não me recordo) e levantamos um grupo q parecia um bloco de carnaval ou coisa parecida. Ao final, já sem Elis por perto, praguejei por não ter sido "no mínimo" perfeita. Mas fôra tudo um sucesso.

Acordei. Achei engraçado e bonito o sonho de estar cantando com Elis Regina. Não me lembro dela, pois qndo ela morreu eu devia ter uns 2 anos de idade, mas sempre achei sua imagem fascinante e magnética, digna de um mito como ela. Por isso o orgulho do final da adolescência, qndo o pessoal do grupo de teatro me chamava de "Elis": imagina se um dia eu cantasse como ela!!

Tomei coragem e levantei, prá atender à fome da caçula. Logo me olhei no espelho e tratei de buscar uma tesoura prá "bagunçar" minha franja - tava mto certinha, ou seja, horrível para os meus padrões. Liguei o rádio do banheiro prá ouvir as notícias enquanto picotes de cabelo roxo caíam sobre a pia branca.

Não pude resistir ao ouvir a informação, e logo lágrimas abundantes se misturaram aos cabelos picotados dentro da pia: hj, 17 de março, o aniversário de Elis Regina.

Elis, foi mto bom estar com vc! Esteja com Deus e em Paz sempre!!

Ia'Orana!

domingo, 16 de março de 2008

Tianastácia - "Sanatório"

"Acho que alguém aqui pirou
Eu ando desconfiado que esse cara sou eu
Às vezes acho que eu não produzo nada
Às vezes sei eu viajei errado
Às vezes acho que eu sou excluído
Do paraíso
Às vezes acho que o centro do universo
Está no meu umbigo
Acho que alguém aqui pirou
Eu ando desconfiado que este cara sou eu
Todo dia quando eu entro no banheiro
Está tudo lá
Da escova para cabelo ao fio dental
Tem dias que eu olho no espelho e falo
Tai um cara legal
Tem dias que eu tenho a convicção
De que eu não sou normal
Tem dias que eu to puto
Alguns dias maluco
Graças a Deus a maioria dos dias eu estou contente
Também tem os dias doentes
Mas esses, eu sei, fazem parte da vida
Esses fazem parte da vida
Acho que alguém aqui pirou
Eu ando desconfiado que esse cara sou eu
E se isso for só pretensão
Não, não é possível
Neste mundo só tem “maluco”
Ou serão só lúcidos
Eu espero um sinal de um homem lúcido
Amizade
Eu espero o sinal de uma mulher lúcida
Amor
Eu espero sinal de um povo lúcido
Paz
Eu espero como você espera
Um disco voador"