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sábado, 19 de abril de 2008

O choro e o riso

O choro é inerente ao ser-humano. O choro de alegria, tristeza, de dor, de emoção... O choro pelas coisas indescritíveis e pelas coisas inexplicáveis. Pois bem, o q é o choro?

O q sou eu, o q é vc, o q é a realidade? É real o q vivemos? É real o q vc vê ou o q eu vejo? É real essa luta q travo comigo mesma (ou com os medicamentos), ou sou eu q prefiro assim?

Às vzs acho q estou tão bem (mas tão sonolenta) q talvez tenha sido tudo criação da minha cabeça, q não tenho transtorno nenhum, q não há nem nunca houve "monstros no armário", e q esses remédios são inúteis e só servem prá me tornar imprestável. Pq tive q tomá-los pela manhã, e simplesmente não consegui administrar (como costumo fazer com desenvoltura) uma turma de uns 20 alunos de 8, 9 anos por estar dopada demais. As coisas saíram do controle e eu odeio isso. Parti logo prá casa prá pegar minha mala e subir a serra, me juntar aos meus (e esperar por mais do meu prazer em observar meus fracassos).

Me despedi das outras evangelizadoras da equipe e fui me dirigindo à saída. De cara, uma aluna nova trouxe, discretamente, uma singela florzinha branca (q de certo apanhou no jardim do CE). Isso me fez sair sorrindo, e talvez por isso, outras crianças me acompanharam até o portão. Eram umas 4 ou 5 q pararam a brincadeira prá se despedir, me abraçar, e até ameaçar vir embora prá casa comigo, rs... Fiz piada, todos riram, e diante da minha ordem simpática, todos voltaram-se prá dentro novamente. Fechei o portão e olhei de novo prá florzinha branca na minha mão. Me fez pensar: o q é o choro? O q é o riso? Podia continuar rindo da alegria q as crianças deixaram em mim. Ou chorar de emoção. Eu podia tentar novamente colocar meu piercing novo e rir da dor de conseguir o visual q queria, ou chorar com o fracasso sem dor.

Eu poderia não estar escrevendo agora... Mas estou.
Como há tempos eu não fazia, enquanto medicada (erroneamente).

Emoções são emoções - o problema é qndo elas conseguem te machucar e machucar demais outras pessoas.

Acho q finalmente achei a diferença entre o "normal" e o "bipolar".
E, não: não vou parar de me medicar. Afinal, todo o sono e azia vão passar... E só o melhor de mim vai ficar... Tenho certeza.

Ia'Orana!

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