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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mais uma q sofre pela genética...

Andei fora por mto tempo. Tbm, foi "turbilhão de emoções"... Foi amigo q foi preso (por pensão alimentícia), 1 mês depois foi solto; foi tremedeira por causa do lítio, e toda a longa saga q foi me consultar com algum médico q me receitasse algo q parasse com aquilo; foi o gatinho q peguei na rua e q tinha esporotricose (e eu não sabia), acabei me infectando tbm mas o tratamento não fazia efeito. Até q fui na FioCruz e descobriram uma possível reação alérgica ao fungo da esporotricose - fiz exame de sangue, raspagem, biópsia... E voltar lá dia 2, aniversário da minha caçula.

Por falar nela, é ela q mais tem me preocupado no momento. Ela anda mto agitada. Minto. Ela SEMPRE foi mto agitada. Mas eu sempre dava desculpas a mim mesma pelo seu comportamento e temperamento difícil: "é a personalidade dela", "é fase", "é pq teve refluxo" ou ainda "foi mto mimada". Sempre q lia sobre hiperatividade, identificava-a, mas não queria acreditar. Foi mais ou menos como qndo eu tinha 15 anos e lia sobre "psicose maníaca-depressiva", me identificava, mas tbm não quis acreditar. Foram necessários mais de 10 anos prá receber o diagnóstico e tratamento correto. Não quero esperar tanto nem esperar q minha filha sofra tanto prá tentar botar a minha filha nos eixos... Só quem tem um transtorno, sabe o quão angustiante é. E eu SEI o quanto faz falta um tratamento precoce.

Mas não é fácil. Achei um link de uma matéria feita pelo canal Globo News falando do assunto, mais uma vez reconheci minha filha ali. E fiquei sabendo q pais bipolares têm mais chances de ter filhos hiperativos, ou com TDAH. Doeu. Doeu mto!! Saber q eu passei algum distúrbio prá uma das minhas filhas é devastador... Agora sei o q minha mãe sente. Mas me doeu tanto ver essa ficha cair q comecei a chorar na frente do computador, a gritar "eu não quero!", socar a escrivaninha... Minha vontade era de destruir a sala toda. Minha sogra q me acalmou e ligou pro Mr.G prá voltar prá casa urgentemente. A angústia era mto grande, precisei de um Rivotril. Aos poucos, fui acalmando...

E aqui estou eu, compartilhando com vcs um pouco da minha angústia. Não sei por onde começar, tomeio perdida, mas estou pesquisando bons profissionais q sejam cobertos pelo plano de saúde. O sonho de ter mais um filho se torna cada vez mais distante... Tá na hora de pensar numa laqueadura. Não quero ter essa amargura denovo...

Por aqui fico!
Ia'Orana!

3 comentários:

  1. Eu sei que não é nada animador saber que um filho tem algum transtorno, não é motivo pra se comemorar nem soltar fogos.

    Mas você precisa enxergar que hoje as coisas estão bem melhores do que antigamente, hoje ela terá um acervo grande de tratamento, tanto clínico e medicamentoso quanto psicológico. Se fosse há pouco tempo atrás certamente seria internada num hospício pra levar choque elétrico, seria rotulada, rejeitada pela sociedade.

    Hoje temos melhores perspectivas, hoje TDAH não é mais falta de surra, Transtorno Bipolar não é mais Psicose maníaco-depressiva, Autismo não se trata mais com indiferença, mas com ressocialização.

    Hoje 'loucura' não é coisa de gente lunática, não é motivo pra ser jogado numa fogueira, é apenas ser um pouco diferente dos outros. E quem não é diferente?

    Então pense que ela terá boas oportunidades, será tratada E acompanhada desde cedo, logo possivelmente terá menos sofrimento que você. Se for bem assistida ela terá uma vida orientada e aprenderá a lidar com seu transtorno, utilizando os seus aspectos positivos para sua vida.

    Beijo e fique bem.

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  2. Eu sou mãe. tenho 2 filhos que eu AMODORO e consigo captar um pouco da sua angústia.
    Mas, tente manter a calma, mesmo porque, TDA não é o fim do mundo e a medicina hoje está muito evoluída.
    Amor e compreensão são excelentes aliados no tratamento de qualquer mal físico ou psíquico.
    Boa sorte para você e sua família!!!

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