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quinta-feira, 17 de maio de 2018

"Senhor, Senhor... Por que me abandonaste?"

Eu quero tanto escrever... Ha um turbilhão de tanta coisa aqui dentro, preciso desaguar num mar de letras... Queria mesmo era encher essas linhas de coisas bonitas pra, quem sabe, alegrar a vida de alguém... Mas no momento não sou alegria nem pra mim mesma.

Hoje é um daqueles dias em que a gente acorda com um gosto amargo na garganta, como se a Vida tivesse nos amamentado de fel durante a madrugada. Não conheço mais as pessoas que achei conhecer desde que nasci. Pior: são esses que parecem fazer mais questão de me ver mal.

Mas a culpa é minha mesmo: passei a vida inteira me calando preocupada com o bem-estar alheio, abrindo mão de mim mesma pra todo mundo... Pra hoje ter a triste constatação que aqueles por quem me sacrifiquei só se interessam mesmo por mim quando precisam. Até aí, tudo bem. O problema é que no resto do tempo estão apenas me criticando, desrespeitando, até agredindo, se esforçando pra jogar minha auto-estima no chão. To cansada de ser o saco-de-pancadas moral e psicológico de todo mundo! "Tá se sentindo meio mal? Promoção do dia: venha dar meia dúzia de socos aqui na minha cara, me derrube e não esqueça de cuspir enquanto eu estiver no chão!" A julgar pela frequência que todos que dizem me "amar" praticam isso, deve no mínimo dar algum prazer. E não adianta sentar pra dialogar com toda a minha psicologia: o que eles querem é que eu os sirva de serviçal e, depois de satisfeitos, ainda sirva pra ser açoitada. "JOGA PEDRA NA GENI!!!"... Só me falta agora um zeppelin pra eu tomar pra mim e me levar pra bem longe daqui, já que ninguém me salvará a não ser eu mesma.

Se família é amor, esse não é mesmo meu lugar. Acho que nunca foi na verdade; sempre me senti avulsa, como se eu não fizesse parte deste grupo, como se eu tivesse caído aqui de paraquedas e eles me aturassem entre eles só porque não tinha outro jeito. Meu sonho de infância/adolescência, era descobrir evidências de que eu tinha sido adotada (explicaria muita coisa) ou no mínimo bastarda, mas foi em vão - evidências fisicas confirmam que sim, infelizmente o sangue é o mesmo. Pena que os valores não.

Só sei que estou EXAUSTA de padrões abusivos: mãe, pai, algumas "amigas" (infelizmente, na área das amizades, mulher ainda não sabe se relacionar - sorry, movimento feminista, sad but true), ex-marido, filhos, homens que entram e saem da minha vida (e na área dos amores, todos já sabem que homem não sabe amar)... Eu sempre perdi muito em todas essas relações, e ainda sofro cobranças, mesmo tendo aberto já mão de mim mesma só pra ter a satisfação de fazê-los felizes. Pena que essas pessoas pareçam só sentir mesmo prazer quando me veem no chão - porque é mais fácil de chutar.

Tem importância não: de tanto ficar sozinha, já me acostumei. E o Mundo tá aí, cheio de caminhos e afetos prontos a serem descobertos... Me manter apegada a essas relações doentias só tem me deixado doente. Cada vez mais. É um suicídio indireto.

E, sinceramente, depois de 22 anos planejando em detalhes, todos os dias, o meu suicídio direto, o que menos quero hoje é morrer.

Só quero viver e ter forças pra me estruturar pra ir embora de vez. Se com isso vão passar a me dar valor ou não, pouco me importa: vou estar distraída demais reconstruindo minha vida com todo o valor e respeito que eu mereço.

Passei a vida tentando dar orgulho, ou ao menos não decepcioná-los... Pra ser pra sempre tratada como LIXO. E eu sei que isso nunca mudará... CHEGA!! To exausta!! Decreto agora que, a partir de hoje, só fará parte da minha vida quem me faz bem!

Que vocês consigam viver bem sem mim - ou sem o seu saco-de-pancadas favorito. Acreditem: um dia vocês se acostumam a se virar sozinhos! Podem confiar!! Eu sempre consegui...

Shalom!

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