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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O que há de vir

E quando eu passar pelas ruas, saberá o mundo o que passei?

Saberão as flores que quis morrer? Saberão as nuvens que quis sufocar? Saberão os pássaros o que planejei? 

Saberão as plantas as cartas de despedida que escrevi? Saberá o mar o rio de lágrimas que chorei?

Sim, quis por fim a tudo, por simples falta de propósito. A vida pra mim pareceu sem sentido e a minha estada aqui pareceu sem porquê. Mas não foi assim que aprendi a viver. Se dar fim é errado. Está contra as leis de D'us. E eu não queria ser assim mais uma pecadora... Já me bastam os pecados de todos os dias.

Elevei então meu pensamento enquanto me pus de joelho. Clamei a todos por mim: anjos, santos, entidades. Eu não queria mais desejar a morte. Eu não queria mais não ter sentido. Eu não queria mais viver sem porquê.

Adormeci. E creio que nesse sono os bons espíritos devem ter agido em mim. Parte da angústia cedeu lugar a uma certa paz. A outra parte da angústia trago aqui comigo, numa luta que parece eterna.

Trago em mim as lágrimas de quem já se viu vencido. Mas trago em mim a vontade de dar a volta por cima.

Nesse momento, me vejo no centro de uma caótica batalha pelo meu bem ou pelo meu fim.

Quem irá vencer? Não faço ideia. Mas ainda luto, entre lágrimas abundantes, nessa corda bamba em que caminha meu coração.

Shalom!


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