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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Lágrimas de uma Guerreira

Que já são chegados os tempos, os mais atentos já puderam confirmar. Tudo tem acontecido ao redor do mundo de forma tão rocambolesca, que se torna muito óbvio ser uma estratégia divina pata a Grande Revelação - afinal, em ano de Xangô, nenhuma máscara fica intacta.

Mas não é fácil. Desde os primeiros momentos do ano tenho presenciado verdadeiras bravatas, psicológicas e energéticas. Gente que acreditei que estaria do meu lado hoje, mas que escolheram um desvio de rota - ou até pior: se aproveitaram do meu descanso para atacar minhas carnes. Sabe como é: a fome no Grande Campo das Batalhas Mundanas é tão grande que perturba facilmente o juízo de guerreire mais imprevidente... Mas sabe como é também: em minha defesa, preciso fazê-les conhecer o sabor da minha Espada. Atravesso-lhes a garganta e sigo sem olhar pra trás: qualquer segundo de desatenção e eles conseguem nos prender pela culpa. Mas hoje sei que não devo mais sentir culpa de desejar o sangue de hipócritas que tentaram roubar minha própria vida. É tempo em que os humilhados serão exaltados, é o momento em que D'us enche a Taça dos Justos como prometido, para que comam em sua mesa. E eu não preciso buscar o sangue de ninguém - é D'us que o traz pra mim. E eu nem faço muito: apenas me comprometo com o Propósito que Ele me entrega nas mãos e me mantenho fiel a Seus Desígnios, sem nenhum tipo de submissão, pelo contrário: quando abro minhas portas pra D'us, ele me transforma em um pedaço dEle. E me torna capaz de ser algo pra além de mim mesma e das banalidades materiais. O impossível se torna REAL.

É um pouco triste também relembrar daqueles que ficaram pelo caminho, pois ainda me corrói a angústia da dúvida de saber se ainda nos encontraremos do outro lado do Paraíso quando o Caos tiver descido da Terra. Aqueles trigos que semeamos pelos campos, vingarão? Será que vai dar tempo de fazer tudo antes que finalmente saia o último e derradeiro trem? Será que terei que aceitar deixar ainda mais gente pra trás nesse Caminho que D'us quer pra mim? Será que não posso fazer mais nada?

Eu sei que tenho que aceitar, mas é duro. Duro, transformador, decisivo e necessário. Às vezes o Plano Espiritual tem um plano pra nós mas, por ignorância e seduzidos pela vaidade, utilizamos nosso livre-arbítrio de forma inconsequente - tendo eu tantas memórias de vidas passadas, inclusive das que fui suicida, tenho plena consciência disso. Eu só queria que as pessoas a quem amo não tivessem que ter seus sonhos triturados pelo Moinho das Ilusões, e só perceberem que não há mais volta quando for tarde demais.

Até porque, não poderei mais voltar atrás pra ajudar. Mesmo que eu quisesse. "Ordens superiores".

"Não precisa morrer pra ver D'us" - basta ser feliz e fazer alguém feliz.

Axé-Shalom!

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