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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Depois da Tempestade, a Bonança

Os últimas tempos têm sido gastos por mim na observação da natureza. E nisto tenho tirado também muitas lições pra vida.

Quando uma tempestade está prestes a chegar, as aves percebem isso na mudança dos ventos. Buscam, juntas a seus pares, um abrigo seguro, mas algumas vezes os ventos confusos acabam os separando, deixando alguns pelo caminho, por não saberem lidar com a força desses ventos. Então a lei da sobrevivência faz com que cada um busque se salvar individualmente para quando a tempestade tiver se dissipado. É quando uns começam a procurar pelos outros: alguns sobem nos postos mais altos e começam a cantar forte, olhando pra baixo e em volta enquanto terminam de secar as próprias penas - exatamente como nós humanos fazemos num cenário de pós-guerra, chamando por nossos parentes em meio ao caos. Estes então parecem congelar atentos: parece terem ouvido uma resposta. Gritam mais algo e após a tréplica, vem o final feliz: encontram-se no ar e rodopiam como se celebrassem, partindo em seguida juntos para um local que parece pré-estabelecido.

A Vida às vezes é assim: às vezes ventos fortes tentam nos separar daqueles que amamos, então só nos resta salvar a nós mesmos inicialmente, cuidando das penas para quando isso tudo passar - porque tudo na vida passa. E, como na natureza, chega sempre o final feliz: um chamado, uma conversa, como canto de pássaros, capaz de trazer a tranquilidade e a paz tão necessárias após termos enfrentado a batalha dos Fortes Ventos da Vida, para enfim descansarmos juntos aos nossos, no Ninho Sagrado das Afeições.

Não se desespere! O Arco-Íris é a pintura do caminho a seguir para a Promessa que D'us tem guardado para nós. Ao fim do Arco-íris há mais que potes de ouro - há tesouros aos quais sequer somos capazes de dar nomes aqui na Terra...

Não se preocupe: nada foi, é ou será por acaso.

Axé-Shalom!

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