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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Do arcanjo ao santo

Esse ano está me ensinando mto! Desapegar de pessoas, situações, e até coisas... Mas tbm me ensinando a abrir os olhos com as pessoas.

O fato é q as pessoas q são verdadeiras acham q todo mundo é tbm. Digo verdades escancaradas às pessoas, e o mínimo q espero é q aquilo q elas digam seja verdade tbm. Não quero q ninguém me diga q me acha incrível e q me ama se não é verdade. Não sou tão carente assim e sou bem grandinha. Mas a partir do momento q alguém diz, só espero q essa pessoa aja como se isso fosse verdade. Ou q no mínimo seja adulto o suficiente prá dizer o q há de errado. Aceito falhas das pessoas pq sou humana, e se as amo, aceitarei infinitamente pq sou assim, e meu coração é meio besta mesmo. Da mesma forma q se vejo algo errado, corro atrás prá saber o q acontece. Não acredito q desligar o telefone na minha cara vá lá ajudar mto...

Mas nem fiquei com raiva. Só achei infantil. Bobo mesmo. Na hora até pensei na palavra "covarde",  mas não posso esperar mto de pessoas q ainda têm visão limitada da vida. Aceito sua limitação e as lições q vc precisa aprender ainda... Amar é desapegar, não é? Como comentei em outro post... Resistir à tentação de proteger um filho q dá seus primeiros passos e cai toda hora. Mas, calma!, eles levantam de novo e continuam caminhando como se nada tivesse acontecido. Então? É assim q eu me sinto. Sem mais o peso de estar a postos prá levantá-lo sempre q cair. O "projeto Efeito Borboleta" virou contra a feiticeira, mas encontrou resistência. Não odeio ninguém.

Se eu estivesse apaixonada a decepção não doeria tanto. Os atos daqueles q eu considero amigos sempre me ferem mais profundamente... No começo doeu e mexeu particularmente com minha energia. Passei 2 dias tentando consertar todas as coisas q queimavam ou davam curto-circuito só d'eu passar por perto. Graças a uma amiga online, lembrei de "aterrar" essa energia toda em um lugar ligado à natureza. Como sempre me identifiquei com praia e tbm outra amiga estava de visita à zona sul carioca, resolvi "aterrar" nas areias de Copacabana.

Chegando lá, quase me arrependi. Dei de cara com centenas de fãs do Justin Bieber na porta do Copacabana Palace se esgoelando. Desviei de algumas rapidamente, sedenta pela reenergização q a praia sempre me dá. Pisar na areia, molhar os pés, ouvir o som das ondas, era tudo isso q eu precisava. Desliguei o player de músicas do celular e sentei na areia para pura contemplação e reintegração com o Universo.

Não demorou mto prá eu ser abordada por um cidadão alto, q aparentava a minha idade e tbm ter fugido das correrias do dia-a-dia na praia. Comentou sobre as meninas esgoelantes na porta do renomado hotel q davam prá ser ouvidas de uns 100 metros de distância. Sorri da situação pensando q seria mais uma daquelas pessoas q simplesmente levantam o assunto e depois se afastam. Prá minha surpresa, ele perguntou se podia sentar ao meu lado.

Respondi "fique à vontade", mas olhando em volta se eu não estava sozinha. É aquele negócio, né: depois de já ter lidado com psicopatas de várias espécies, melhor prevenir. Apesar do vento gelado e do tempo nublado, havia bastante transeuntes além de um grupo de garis limpando as areias. Blza, não havia perigo.

Acabamos conversando sobre uma infinidade de coisas e a conversa fluía tão bem q nem vi o tempo passar.  Só qndo minha amiga "estrangeira" ligou pra encontrar comigo q me dei conta do qnto tinha escurecido e do qnto a praia agora estava realmente ficando deserta. Ao caminhar de volta à calçada notei o qnto ele era  realmente alto, e acho q ele sentiu a proximidade do fim da conversa, à medida q eu ia ao encontro da minha amiga. Foi aí q ele se embananou. Tentou avançar o sinal verbalmente falando, indo para assuntos q podíamos conversar num outro dia - pq eu me interessei em continuar a conversa outro dia. Na calçada, enquanto eu voltava a calçar meu All Star, deixei claro isso. E tbm procurei deixar claro q comigo ele vai precisar dar um passo de cada vez. A última pessoa com quem eu estava me envolvendo em poucos dias mostrou quem realmente era, desisti do envolvimento. Foi até melhor, no entanto ainda estou escaldada. Isso sem falar no anjo de Olhos Mediterrâneos q anda fazendo pirracinhas como se eu mto ligasse. Mas ainda tenho dó dele, não vou mentir. Resumindo: ainda não tirei os pontos do meu coração partido.

Não sei pq, eu q já estava mto desiludida e de bem comigo mesma, acabei encontrando esperanças nesse adorável desconhecido. Se vai haver algo daqui prá frente, não sei. Vai depender se ele vai ligar, e PRÁ ONDE pretender me levar. Mas deve ter feito um bem à minha auto-estima, da qual eu já havia me esquecido... Quem sabe foi isso.

Trocamos telefones. "Sabia q hj é o dia do santo q tem seu nome?", eu disse, brincando.
Ele sorriu simpaticamente.

Ia'Orana!
Shalom!

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