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domingo, 16 de dezembro de 2012

Meus presentes maiores!

Em outubro, Seu Zé já tinha me dito prá não me deixar levar por falsas promessas. "Você já passou por isso antes, sabe o que vai acontecer. Não repita os mesmos erros do passado.". Mas um coração carente é burro, se deixa levar, porque as vezes é simplesmente difícil esperar.

Eu não sei como eles não desistem de mim. Tive vários presentes de aniversário, a visita de cada um tornou a data ainda mais especial prá mim. E eles complementaram: "o que você tem no seu coração é muito bonito. Lute por isso!". Céus, o que eu estava fazendo da minha vida? Dispus-me a entregar minha vida prá qualquer um? Prá quê?

Não verdade, a pergunta é "por quê?": porque eu simplesmente acho que é tudo coisa da minha cabeça e duvido de tudo. Precisou vir minha mãe Mulambo pra dizer as coisas que eu não teria coragem. Como uma verdadeira mãe, quis limpar meu caminho de qualquer obstáculo que pudesse surgir, proteger meu destino de qualquer pessoa que quisesse interferir. Enfim, aceitei.

Já era tarde, hora de voltar prá casa depois de celebrar meu aniversário com coisas que adoro: vinho e amigos. Encarnados e de outro plano. Foi uma noite linda, e eu já não esperava mais nada.

Até que cheguei ao ponto de ônibus. Ele estava de costas para mim, e assim que o reconheci, achei que era coisa da minha cabeça. Mas não: era ele! Quando ele me viu, me deu abraços pelo aniversário, se desculpou por não ter estado lá, me beijou longamente o encontro entre o ombro e o pescoço. Era como se todos os guias vindos até aquele momento estivessem apresentando o presente final. Minha irmã, ali do meu lado, me olhava sorrindo como quem diz "tá vendo?". Respondi "não duvido de mais nada...". Minha fé é insegura e eu devia retornar à fé da minha infância, incondicional. Seu Sete Flechas disse que a balança tem dois lados. Quem decidia o que mais pesava era eu. Ainda que o mundo diga não, são eles que vou ouvir, porque minha força mora neles. E no amor abundante que carrego no peito, que às vezes me incomoda, às vezes pesa, mas que eu já entendi que é o que vale na vida. Afinal, fugir do próprio destino parece uma covardia da qual nunca fui capaz. Porque seria agora?

"Obrigada" é pouco. A gratidão que eu sinto não tem tamanho, não cabe em palavras!

(Meu amor é teu e pronto. Até o momento em que lá em cima não quiserem mais. Mesmo que você também fuja. Até o momento em que você deixar de fugir. Do nascimento ao fim da linha. Em todos os espetáculos que protagonizaremos. Quando o segundo sol chegar. Enquanto seus olhos falarem aos meus. Porque és meu presente maior dos céus - eu te amo e fim!)

Shalom!


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