Tenho sido infiel aos meus remedinhos. Sim, sei que estou errada, mas acabei pulando doses no corre-corre diário, às vezes ficando sem eles por dias... Enquanto a gente tá bem, não tá nem aí, né? Até que pequenos cacoetes voltam a perturbar e dormir se torna uma tarefa quase inglória. A mente acelerada já não deixa a gente entrar em conclusão de nada... Daí a gente se dá conta: tá tudo errado!
Mas já estou regularizando-os novamente... Me esforçando prá não me deixar perder nenhuma dose... E eu já estou vendo tudo mudar novamente. Os rompantes emocionais vão ficando prá trás - e não que isso não seja bom, no entanto a sensação de não sentir nada, anestesiada emocionalmente me dá medo. Déja vù, vocês sabem. E hoje, amanheci assim como Dorothy acordou logo após o tornado: com a sensação de quem caiu de paraquedas na própria estória.
A verdade é que um pouquinho de racionalidade não faz mal a ninguém. Dá até prá encontrar alguma beleza na solidão... Sem ela eu não poderia ter voltado da noite de ontem já de manhã, nem ter curtido minha ressaca sozinha. Nem ter me esparramado na cama logo depois de vomitar e tomar banho, sem encheção de saco. Claro que a liberdade em si também deixa-nos confusos, porque toda decisão que tomamos tem um peso enorme nas nossas costas. Mas me parece certa covardia querer alguém só prá não sentir tanto o peso das próprias decisões.
Não, não sou contra os casos de amor, pelo contrário!!! Continuo uma romântica incurável - ainda que eu não a seja por hoje. Mas olhando prá trás e observando tantas outras vidas, penso "será que é mesmo isso que eu quero?". O ser humano nunca sabe direito o que quer... Eu devia era aproveitar o que tenho em mãos!
Porque não sou o tipo da mulher que a maioria dos homens desejam ter: posso ser uma dama na sociedade, uma puta na cama, mas nunca a Maria que fica em casa, preparando o jantar enquanto o moço passa o dia fora. Acreditem, eu já tentei ser. Não funciona. É legítimo que o cara tenha que sair para ganhar o mundo, mas eu vou querer sair e ganhar o meu mundo também!! E ao chegar em casa, vou empurrar a bagunça pro lado e me esparramar no sofá prá descansar - não vou tentar ser a super-mulher. Porque não tenho o mínimo talento nem paciência prá faxina, prá manter a casa brilhando, enquanto a cabeça tá fervilhando de ideias.
Pois é: você vai me amar, vai me querer prá sua vida, vai me achar fascinante e logo logo vai ver o fascínio ruir pela minha falta de perfeição. Pelo meu quarto adolescentemente bagunçado. Vai perder a paciência quando ligar pedindo que eu faça algo me ouvindo responder que não vou fazer. Porque não vou, não to a fim e pronto!! Já passei uma vida inteira de subordinação, foram mais de 30 anos prá eu me descobrir e me aceitar assim, do jeitinho que eu sou. E, de brinde, ainda venho com uma necessaire cheinha de remedinhos... Pensando bem, será que você vai querer isso mesmo?
Pensando bem: será que EU quero isso mesmo?
Shalom!
Enquanto isso, em Veneno Vicioso: http://venenovicioso.wordpress.com/2012/08/23/the-road-so-far/
Mas já estou regularizando-os novamente... Me esforçando prá não me deixar perder nenhuma dose... E eu já estou vendo tudo mudar novamente. Os rompantes emocionais vão ficando prá trás - e não que isso não seja bom, no entanto a sensação de não sentir nada, anestesiada emocionalmente me dá medo. Déja vù, vocês sabem. E hoje, amanheci assim como Dorothy acordou logo após o tornado: com a sensação de quem caiu de paraquedas na própria estória.
A verdade é que um pouquinho de racionalidade não faz mal a ninguém. Dá até prá encontrar alguma beleza na solidão... Sem ela eu não poderia ter voltado da noite de ontem já de manhã, nem ter curtido minha ressaca sozinha. Nem ter me esparramado na cama logo depois de vomitar e tomar banho, sem encheção de saco. Claro que a liberdade em si também deixa-nos confusos, porque toda decisão que tomamos tem um peso enorme nas nossas costas. Mas me parece certa covardia querer alguém só prá não sentir tanto o peso das próprias decisões.
Não, não sou contra os casos de amor, pelo contrário!!! Continuo uma romântica incurável - ainda que eu não a seja por hoje. Mas olhando prá trás e observando tantas outras vidas, penso "será que é mesmo isso que eu quero?". O ser humano nunca sabe direito o que quer... Eu devia era aproveitar o que tenho em mãos!
Porque não sou o tipo da mulher que a maioria dos homens desejam ter: posso ser uma dama na sociedade, uma puta na cama, mas nunca a Maria que fica em casa, preparando o jantar enquanto o moço passa o dia fora. Acreditem, eu já tentei ser. Não funciona. É legítimo que o cara tenha que sair para ganhar o mundo, mas eu vou querer sair e ganhar o meu mundo também!! E ao chegar em casa, vou empurrar a bagunça pro lado e me esparramar no sofá prá descansar - não vou tentar ser a super-mulher. Porque não tenho o mínimo talento nem paciência prá faxina, prá manter a casa brilhando, enquanto a cabeça tá fervilhando de ideias.
Pois é: você vai me amar, vai me querer prá sua vida, vai me achar fascinante e logo logo vai ver o fascínio ruir pela minha falta de perfeição. Pelo meu quarto adolescentemente bagunçado. Vai perder a paciência quando ligar pedindo que eu faça algo me ouvindo responder que não vou fazer. Porque não vou, não to a fim e pronto!! Já passei uma vida inteira de subordinação, foram mais de 30 anos prá eu me descobrir e me aceitar assim, do jeitinho que eu sou. E, de brinde, ainda venho com uma necessaire cheinha de remedinhos... Pensando bem, será que você vai querer isso mesmo?
Pensando bem: será que EU quero isso mesmo?
Shalom!
Enquanto isso, em Veneno Vicioso: http://venenovicioso.wordpress.com/2012/08/23/the-road-so-far/
Liga o foda-se e vem pro meu mundo! O mundo de Dr. Parnassus era bem mais legal do que o do Pequeno Principe, né?
ResponderExcluirahahahaha
Amo!
Beijos