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domingo, 23 de junho de 2013

Relato sobre a manifestação da última quinta-feira (20/06)

Sim, eu estava na manifestação de hoje. E hoje eu presenciei covardia de todos os lados.

Durante a passeata, infiltrados jogavam bombas contra o carro de som. Pessoas eram agredidas simplesmente por estarem portando bandeira de partidos ou coletivos.

Já na prefeitura eu não acompanhei muita coisa porque decidi procurar os meus colegas da faculdade. Eu já estava meio afastada nessa tarefa, e notei a correria. Calmamente me escondi atrás da escada do metrô. Quando pensei estar a salvo, vejo cair bem à minha frente uma daquelas latas de gás lacrimogênio. Por sorte eu já estava com a bandana posicionada e eu tinha vinagre, senão eu certamente passaria mal. Mas com que necessidade largar uma bomba de gás num grupo que não tava fazendo nada??? Enfim, consegui uma rota de fuga com uma menina com quem fiz amizade lá mesmo, na hora do maior perigo, e fui com ela andando até a Central, prá finalmente ir embora.

Já na Central, onde até tirei foto com PMs, pensei que tudo tinha acabado. Ledo engano. Notei outra correria e busquei me proteger atrás do abrigo do ponto de ônibus. Mas o gás já se espalhava prá todo lado, voltei a botar a bandana no rosto e fui andando pro terminal atrás da Central. Transeuntes que não esperavam que a confusão chegasse até lá passavam mal com o cheiro do gás tóxico - gente que comia um churrasquinho de gato! Nesse caminho, uns 3 ou 4 tentaram depredar as cercas das obras que estão acontecendo ali, e logo todas as outras pessoas mandaram eles pararem. Eu, pensando até em pegar qualquer ônibus que não estivesse muito lotado (a maioria estava), finalmente avistei um que passava na rodoviária, onde eu finalmente consegui pegar outro transporte prá chegar aqui.

Hoje vi covardia de uma polícia despreparada, vi covardia de incitadores de violência, vi covardia de bandidos que se infiltraram no movimento para depredar, agredir e roubar pessoas.

Tirando isso, foi muito bonito passar pelo Campo de Santana e ver todos os cartazes afixados nas grades... Parecia um grande mural de apelos. Uma pena ter sabido depois que atearam fogo aos cartazes...

Esse é meu relato. Um tanto confuso por ainda estar bem agitada com o que vivi e com a apreensão de não saber se meus colegas estavam bem. Agora com a notícia positiva de todos, vou finalmente tentar descansar. Mas é isso.

Shalom!

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