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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sem Fantasia

E então? Como é ser um personagem? Como é viver no imaginário de uma pessoa, ser exposto, analisado e revirado em público? Será que te dói? Será que te jubilas?

Como é fazer parte de um espetáculo do qual desconhece? Como é ser ator numa peça imaginada por duas mentes destemperadas pelo amor? Como é ser santo de dois altares?

Como é ser reapresentado a ti mesmo? Ou a outras versões de ti? Como é viver no mundo de Melpômene? Te fascina ou te desorganiza? Tens mesmo noção do que vives aqui e acolá?

Não me responde. Faça como das outras vezes em que foste posto em xeque - simplesmente cala-te. Deixa transbordar pelos poros os sonhos que ocultas, deixa que no silêncio dos dedos entrelaçados transitem ondas de reconhecimento recíproco. É como conhecer alguém pelo toque das mãos. É quase o que seria se não fosse o que é.

Confuso? Tanto quanto me deixas. Por isso não calo minha resposta à vida, mesmo que tua inspiração seja o alicerce dos meus talentos, contra todas as vontades. Mesmo que não seja prá ser. Mesmo que não sejas tu o dono dos meus dias. Sê apenas o personagem.

Sê apenas o personagem e vem.

Shalom!



2 comentários:

  1. Você é uma pessoa extremamente criativa. Suas imagísticas alçam estrelas e convergem infinitos para lúdicos horizontes... Enfim, seu texto nos faz viajar!... Tem construção curiosa e engenhosidade própria.Você tem todo o potencial de uma boa escritora. Continue com seu mar de palavras preenchendo minha alma sedenta,meu coração sensível e a minha mente aberta. Obrigado/Hilton

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  2. Querido Hilton,
    Eu decididamente não sei como agradecer tão graciosos elogios. Me senti extremamente lisonjeada e feliz de saber que aquilo que preenche minh'alma preenche outras também. Volte sempre. Se tiver blog, divulgue também! Grande beijo!

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