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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Ah, meus 15 anos...

1996 foi um ano muito intenso pra mim. Não digo feliz, mas INTENSO mesmo (aliás, foi um ano bem difícil). Meus canais andavam muito abertos, foi um ano de acontecimentos muito duros, mas também de muitos sonhos (ainda que confusos), muitos sinais, pessoas e leituras importantes que entraram na minha vida me orientando a cumprir o meu Destino... Ainda que eu não tenha entendido nada naquela época, ainda que eu continue sem entender muito, reler hoje o diário e as anotações daquele ano só aumenta a mim a sensação de que tudo já estava marcado muito antes de tudo acontecer...

Se eu puder te amar
com a doçura da eternidade,
Talvez, poderei te tocar
no instante da saudade,
Que me parte o coração,
a cabeça e os sentidos.
Vou então pedir perdão
aos meus olhos doloridos,
Que então nada enxergam
A não ser o seu valor
que, apesar de de repente,
Possuiu o meu amor.
Proclamar esta doença?
Seria essa a solução
de viver sob essa crença
de amar como estação?
Primavera, te encontrei,
No Verão, me apaixonei,
No Outono, senti o frio
que seu Inverno provocou.
Mas seu calor me demorei
a encontrar explicação:
Fui o vírus que te fez,
Fui a mão que te curou.
Sou agora a tua estrada,
tua caneta, tua carta,
Sou a triste melodia
Que te fiz nessa canção.
Sua amante, sua alegria,
Sou seu rastro de paixão,
Sua carne, sua alma,
Sou ferida que não cura,
Tu é a confusa mistura
que em meu coração se cala.
Nós somos a união mais pura
Que a Humanidade aguarda.

(26/agosto/1996.)

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